Solidariedade é um ato de bondade e compreensão com o próximo

Estudos comprovam que ajudar o outro, praticar a benevolência com sinceridade, gera sensações de alegria, bem-estar, resiliência emocional e vigor.
EDUARDO CARVALHO
Publicado em 16/12/2022 às 0:00
Solidariedade é um ato de bondade e compreensão com o próximo, cooperação mútua entre duas ou mais pessoas, uma união de simpatias, interesses ou propósitos entre os membros de um grupo Foto: WELINGTON LIMA/JC IMAGEM


A solidariedade é destacada na Declaração do Milênio da ONU - Organização das Nações Unidas - como um dos valores fundamentais das relações internacionais. No dia 31 de janeiro, o mundo celebra, momento de reflexão sobre o seu signficado e a importância desse gesto. No Brasil, o artigo terceiro da constituição elucida o princípio da solidariedade como: responsabilidade recíproca entre as pessoas, prontidão para ajudar os menos favorecidos, reconhecimento e aceitação da diversidade e da pluralidade social. É uma construção social e cultural, contra o egocentrismo e o egoísmo. Deveria fazer parte dos valores dos cidadãos, ser uma consciência coletiva. Entretanto, o princípio não está revestido de efetividade, por falta de construção social.

Solidariedade é um ato de bondade e compreensão com o próximo, cooperação mútua entre duas ou mais pessoas, uma união de simpatias, interesses ou propósitos entre os membros de um grupo. É, também, se preocupar com os problemas e dificuldades de outras pessoas e procurar meios de ajudá-las. Não se limita a pessoas conhecidas. É possível ajudar quem passa fome, sofre discriminação, violência, preconceito ou qualquer outro tipo de diferença social. O termo vem do latim solus, que significa chão. No francês, solidarité que remete para uma responsabilidade recíproca.

Ser solidário é essencial no processo educacional das crianças e jovens. Escolas e famílias precisam promover vivências que internalizem a prática da solidariedade. É um processo de conscientização sobre a importância de respeitar e cuidar do próximo, contribuindo para que cresçam cientes do seu papel na sociedade e levem esses ensinamentos para toda a vida. Dois princípios são básicos para que ocorra: 1) Ser exemplo 2) Ensinar empatia. Ao conhecer e ter oportunidades de praticar ações de solidariedade vão compreender como podem fazer a diferença. E não se resume a doar roupas e brinquedos. Atitudes simples são significativas. Por exemplo, compartilhar o material escolar com um amigo, entrar em contato com quem faltou um compromisso porque estava doente, ajudar os irmãos mais novos em alguma tarefa, cumprimentar ou abraçar alguém. São atos de afeto, carinho, cuidado, gratidão, atenção. Muitas vezes, uma palavra vale mais do que uma ajuda financeira.

Solidariedade pode ser praticada por pessoas que se envolvem, voluntariamente, em causas sociais, religiosas, educacionais e de saúde, através de igrejas, organizações de caridade ou sem fins de lucro. Participar sem interesse de usufruir, em benefício próprio, do prestígio que a instituição possa ter ou mesmo dos seus ativos tangíveis e intangíveis. Muitas dessas organizações, almejam, inclusive, que seus conselheiros e associados façam doações, como indica, o World Giving Index 2022, publicado pela Charities Aid Foundation. Nessa última edição, o Brasil classificou-se na 18ª posição, entre 119 países participantes da pesquisa.

Estudos comprovam que ajudar o outro, praticar a benevolência com sinceridade, gera sensações de alegria, bem-estar, resiliência emocional e vigor. Um senso de otimismo e valor próprio é gerado a cada ação solidária, melhorando a autoconfiança, aquecendo a alma. Se a humanidade pensar e agir assim, o mundo pode ser bem melhor.

Eduardo Carvalho, autor do livro Agente transformador

 

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