Um grupo de aproximadamente 60 venezuelanos não tem previsão de voltar para a casa no Recife após um incêndio atingir o abrigo em que está, há 6 meses, no bairro de São José, área central da capital pernambucana. Segundo o Corpo de Bombeiros, quando a equipe chegou no local não havia mais fogo, mas foi identificado um vazamento de gás no final da manhã desta quinta-feira (21).
Por conta do incêndio, o local precisou ser interditado pela Defesa Civil do Recife. O Corpo de Bombeiros informou que houve perda do fogão e de dois colchões. A Celpe disse que está trabalhando junto com o Corpo de Bombeiros para que, quando tiver condições, religar a energia do local.
O cacique da tribo Waraos, conhecido por Santo, disse que o local só deverá ficar totalmente recuperado em 1 mês e meio.
Um vídeo enviado à reportagem do Jornal do Commercio mostra crianças e adultos dormindo na calçada, e foi relatado que a rua foi fechada para impedir a passagem de veículos. Fontes do JC que fazem parte de um grupo voluntário atentos à situação humanitária dos estrangeiros confirmaram a situação.
A reportagem entrou em contato com a Cáritas Brasileira Regional do Nordeste, confederação que acolheu as famílias no Recife, para saber mais detalhes, mas até o momento não obteve retorno. A Defesa Civil do Recife informou que irá detalhar o caso nesta sexta-feira (22).
Em nota enviada à reportagem do JC, a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) informou que a suspensão do fornecimento de energia elétrica para a unidade consumidora atingida pelo incêndio na manhã da quinta-feira (21) ocorreu por questões de segurança. "A concessionária esclarece que aguarda liberação do Corpo de Bombeiros, com parecer sobre as condições do imóvel, para realizar a religação do fornecimento." A empresa recomendou ainda que, à cargo do cliente, um eletricista profissional fosse contratado para realização de vistoria no sistema interno da residência afim de "atestar a conformidade e descartar qualquer risco nas instalações".
*Não publicaremos o vídeo enviado à reportagem porque há crianças em situação de vulnerabilidade