Tecnologia e informação. Essas duas ferramentas foram combinadas por Jeovani Cipriano, aluno do curso de Jornalismo da Universidade Católica de Pernambuco e estagiário da Secretaria de Saúde de Olinda, para criar um aplicativo que reúne informações atualizadas sobre a pandemia do novo coronavírus. O InfoCovid19 foi lançado oficialmente nesta segunda-feira (1º) e já está disponível para download. O criador do app apresenta a ferramenta como uma aliada poderosa na luta contra o novo coronavírus.
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Com poucas horas de lançado, o InfoCovid19 já teve 80 downloads, todos feitos por meio do site. "Colegas meus estavam pegando coronavírus e muitas pessoas compartilhando fake news. Informações erradas podem matar", contou Jeovani sobre a iniciativa. "Meu maior objetivo com esse aplicativo é ajudar o próximo. Várias pessoas ainda têm dúvidas em relação a Covid-19. E na plataforma os usuários podem tirar essas dúvidas, realizar depoimentos e combater as fakes", acrescentou.
Segundo o criador da plataforma, o app estará disponível para os usuários de Android na PlayStore em breve. Já os usuários do iOS que desejarem acessar o InfoCovid19 devem utilizar o link disponível aqui.
Esta não é a primeira vez que Jeovani cria um aplicativo para ajudar a população a enfrentar o surto de uma doença. Em 2018, quando ainda era aluno do ensino médio, ele integrou uma equipe que desenvolveu o Caça ao Aedes em Jardim Brasil, um app que soma mais de 50 mil downloads e serve como canal de informação sobre as arboviroses causadas pelo Aedes Aegypti, além de ser um canal de denúncias de focos do mosquito.
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A nova empreitada do universitário ficou pronta em uma semana, segundo ele. Desta vez ele trabalhou sozinho na maior parte do projeto. No InfoCovid19, o usuário tem acesso a informações fundamentais para o enfrentamento e a prevenção da covid-19. Por exemplo, é possível checar se um conteúdo é verdadeiro ou falso, a partir do recurso oferecido pela plataforma.
Além disso, também é possível acessar iniciativas como o Ombro Amigo, um espaço de escuta e acolhimento que cria uma rede de apoio psicológico entre os usuários durante este período da pandemia. Para desenvolver este ícone, Jeovani contou com a ajuda de duas colegas, Rebeka Beatriz e Ingrid Rodrigues, alunas do curso de psicologia, que já haviam trabalhado com ele no desenvolvimento do app para o combate ao Aedes Aegypti. "Ainda estamos buscando psicólogos para parceria. Por enquanto, qualquer pessoa que queira falar, pode ir lá e comentar. Como se fosse um fórum", explicou.
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O InfoCovid19 conta com um sistema de de rastreamento das Unidades de Saúde especializadas no tratamento da covid-19, por meio do GPS que está incorporado ao App, para indicar onde há a unidade mais perto do usuário. Os pacientes que foram curados da covid-19 também podem usar o app para fazer seu relato e encorajar as pessoas de que é possível vencer a doença.
Quem quiser fazer doações para pessoas afetadas pela pandemia também pode contar com o app. Entre as funções, há uma que permite manifestar interesse em doar. Ao utilizá-la, o criador do app é acionado e vai até o usuário para buscar as doações.
Levando ideias para o Google
O primeiro app criado por Jeovani em parceria com colegas de escola teve reconhecimento dos governos municipal, estadual e federal. Em janeiro de 2018, o grupo participou de uma audiência no Ministério da Saúde, em Brasília.
O projeto do Caça ao Aedes em Jardim Brasil foi levado para fora do Brasil para participar de campeonatos mundiais. O primeiro ocorreu em Assunção, capital do Paraguai, na ocasião o projeto ganhou em primeiro lugar, em uma disputa com 274 projetos da América Latina. Posteriormente, o estudante participou de uma feira mundial de Tecnologia em Cancún, no México, onde mais uma vez saiu ganhador e recebeu passagens e credenciais para participar de um Congresso na Argentina.
Graças ao envolvimento do jovem com o uso da tecnologia a serviço da informação, ele também recebeu um convite do Google para mostrar a iniciativa na Califórnia, nos Estados Unidos. A viagem deveria ter acontecido em março, mas foi adiada por causa da pandemia. A nova data de ida aos EUA para mostrar o primeiro projeto ainda não tem data, mas, com a criação do InfoCovid19, a bagagem ganhou mais um projeto para ser apresentado.
O que é coronavírus?
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
Como prevenir o coronavírus?
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
- Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
- Evitar contato próximo com pessoas doentes.
- Ficar em casa quando estiver doente.
- Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
- Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
- Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.
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