Motoristas de ônibus de turismo e frete realizam protesto no Recife

Os manifestantes se concentraram em frente ao Centro de Convenções, em Olinda, mas saíram em carreata pelo Centro do Recife
JC
Publicado em 29/07/2020 às 7:40
Os motoristas de ônibus de turismo e frete reivindicam a suspensão do pagamento de taxas Foto: BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM


Atualizada às 13h30

Com informações da repórter Cinthia Ferreira, da TV Jornal

Um grupo de motoristas de ônibus de turismo e frete realizaram um protesto, na manhã desta quarta-feira (29). Os condutores reivindicavam a suspensão do pagamento de taxas, já que estão sem trabalhar há 130 dias devido à pandemia do novo coronavírus. Eles se concentraram em frente ao Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, e chegaram a bloquear o trânsito na pista principal da Avenida Agamenon Magalhães, que ficou bastante congestionada no sentido Boa Viagem.

Em seguida, o grupo saiu em carreata pelo Centro do Recife, parando os veículos na Rua da Aurora. Uma comissão formada por seis pessoas seguiu em passeata até o Palácio do Campo das Princesas, que fica no bairro de Santo Antônio. O grupo foi recebido por representantes da secretaria da Casa Civil e da Empresa Pernambucana de Transporte Intermunicipais (EPTI).

Téo Barbosa, vice-presidente da Associação dos Transportadores de Turismo e Frete de Pernambuco, afirma que os motoristas fazem o pagamento de duas taxas, chamadas Fusp-F e Fusp-LV, à EPTI, para ter autorização para realizar o transporte de passageiros de turismo e o frete. "Esse órgão nos envia, pela quantidade de veículos que tem cadastrados, e a gente paga R$ 38,60 por mês de cada veículo (taxa Fusp-F). Se você não pagar, seu nome fica sujo e você não pode trabalhar. A taxa Fusp-LV foi abonada até novembro. Mas é muito pouco, porque o período de pandemia vai além desse abono", comenta.

A Taxa de Licença e Vistoria de Veículo (Fusp-LV), que teve o pagamento suspenso até novembro, custa atualmente R$ 208,45 para ônibus com mais de 20 passageiros e de R$ 156,33 para micro-ônibus com capacidade de até 20 pessoas. Já na Taxa de Fiscalização (FUSP-F), é cobrado o valor de R$ 38,60.

Como os veículos estavam estacionados na via local da Avenida Agamenon Magalhães, os motoristas também reclamam que policiais do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) autuaram os condutores dos ônibus e fretes. Téo Barbosa alega que a Associação obteve autorização para realizar a manifestação.

Após a reunião do grupo com o Governo, ficou decidido não apenas a suspensão das duas taxas até novembro, como também das multas aplicadas nesta quarta-feira (29) pelo BPRv. A categoria também conquistou o direito a receber cestas básicas e um crédito pessoal para auxiliar no pagamento das contas atrasadas, como impostos e prestação dos veículos. De acordo com a categoria, caso as promessas não sejam cumpridas, o grupo voltará a realizar manifestações. 

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