Com informações de Leonardo Vasconcelos, da TV Jornal
Um motorista de ônibus da linha PE-15/Rio Doce foi agredido por um homem na última sexta-feira (28), em Olinda, Grande Recife, após pedir que ele e sua família usassem máscaras. O uso do acessório é obrigatório para ambientes públicos em todo o Estado desde o dia 16 de maio, com o intuito de evitar a transmissão do novo coronavírus.
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Quando o motorista, que trabalha na função há 14 anos e preferiu não se identificar, estava iniciando a viagem às 7h, um homem, sua esposa e mais três filhos, sendo um de colo, entraram no veículo, todos sem máscara. Ao pedir para colocarem o acessório, o homem desferiu um soco no rosto do motorista, com o coletivo já em movimento. Depois de agredi-lo, o suspeito desceu do veículo, correu e ainda jogou uma pedra no veículo.
"A reação dele foi de total ignorância. Me destrataram, com palavras de baixo calão. Solicitei que colocassem a máscara, e o mesmo indagou que eu o destratei, e que me daria um tiro se tivesse armado naquele momento, que não tinha medo de mim. Ele me agrediu com um soco, com o carro em movimento, já tinha saído do terminal, estava a uns 15 metros [de distância]. Parei o veículo e, de imediato, fui procurar as autoridades, os policiais", contou o motorista.
A sensação da vítima foi de total impotência. "Me tornei um impotente nessa situação. Se eu pedi para colocar a máscara e aconteceu tudo isso, imagina se eu fosse cobrar algo mais importante? Ele talvez até me matasse, como ele disse. Me senti um nada", desabafou.
A Polícia conseguiu, logo depois, deter o agressor. “Ele foi encurralado pela guarnição, que voltou para o PE-15 e fez o B.O. (Boletim de Ocorrência), só falta chegar nas mãos da empresa."
Quando questionado pela reportagem da TV Jornal se irá pedir para que passageiros usem a máscara novamente, o motorista não hesitou. "Tenho que cobrar, porque é o que a empresa cobra da gente. Até por segurança minha e pela dos passageiros. Peço que a autoridade policial e ao Governo que deem uma proteção para motoristas, cobradores, fiscais de terminais de ônibus, que eles proíbam e que a gente possa não atender à parada deles quando estiverem sem a máscara", pediu.
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