Uma das vítimas do tiroteio que aconteceu entre um major da Polícia Militar e um policial penal no Bar do Primo, em Boa Viagem, no Recife, na noite de sábado (5), está em estado grave. A informação foi repassada à reportagem na manhã desta terça-feira (8) pela assessoria do Hospital da Restauração (HR), onde ele está internado. A confusão resultou em 2 mortes e cinco feridos. Entre os internados, estão os envolvidos na briga.
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George Mauro de Carvalho Vasconcelos, de 70 anos, passou por neurocirurgia e se encontra na sala de recuperação do HR. Ele levou um tiro no rosto, perto do olho. Cliente, George estava na mesma mesa que Ekel de Castro Pires, 62 anos, e Cláudio Bezerra Bandeira de Melo Sobrinho, 57 anos, os dois que morreram. Os três não teriam envolvimento com os homens que participaram da briga.
A troca de tiros aconteceu entre o PM José Dinamérico Barbosa da Silva Filho, 49, e o policial penal Ricardo de Queiroz Costa, 40. O primeiro está no Hospital Português, com uma bala alojada próxima à coluna vertebral torácica. No domingo, ele foi submetido a uma cirurgia. Já Ricardo, está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Joana, após ter levado três tiros. Uma das balas perfurou bexiga e intestinos.
Nenhum dos hospitais forneceu novos boletins sobre o estado de saúde das vítimas nesta terça. O último, divulgado nessa segunda-feira (7), no entanto, informa que Dinamérico "Está na UTI, hemodinamicamente estável, em respiração espontânea, com medicações para controle de dor. Sem previsão de alta até o momento".
Há, também, mais dois feridos internados no Hospital Português. Estes são Eduardo Bernardo Gomes Insfran, 55, e Eva Valéria Alves do Nascimento, 55. Segundo último boletim, ambos estavam estáveis, sem gravidade. Os dois não tinham envolvimento com os homens que participaram da briga. Eduardo é filho do cônsul do Paraguai, Guillermo Insfran.
Justiça decreta prisão preventiva de envolvidos
O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decretou a prisão preventiva do major da Polícia Militar e do policial penal envolvidos no tiroteio. O policial militar José Dinamérico Barbosa da Silva Filho e o policial penal Ricardo de Queiroz Costa já haviam sido autuados e presos em flagrante por homicídio e tentativa de homicídio, segundo a Polícia Civil. No domingo (6), porém, durante audiência de custódia o juiz Jorge Luiz dos Santos Henriques converteu a prisão em preventiva.
Segundo a Polícia Civil, ao receberem alta, os suspeitos serão encaminhados ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Cordeiro, Zona Oeste do Recife, para prestar depoimento. De lá, o PM deve ser encaminhado ao Centro de Reeducação da Polícia Militar (Creed), em Abreu e Lima, no Grande Recife, enquanto o policial penal deve ir para o Centro de Triagem (Cotel), no mesmo município.
Como aconteceu
A confusão aconteceu no Bar do Primo, localizado na Rua Professor José Brandão. Houve uma discussão entre um major da PM, chamado Dinamérico, e um policial penal, identificado como Ricardo, dando início ao tiroteio. Ambos ficaram feridos. Pelo menos sete viaturas foram enviadas ao local. Policiais do 19º Batalhão aprenderam, no bar, três pistolas, quatro carregadores de pistolas e 39 balas (24 munições de calibre 9mm e 15 de calibre 380.).
Na ocorrência, sete pessoas foram atingidas pelos disparos. Um homem faleceu no local e outro veio a óbito em uma unidade hospitalar, para onde foi socorrido. Os mortos eram clientes do bar e, segundo testemunhas, não estavam envolvidos na briga. Eles foram o corretor Ekel de Castro Pires, 62 anos, e o empresário Cláudio Bezerra Bandeira de Melo Sobrinho, 57.
Outras cinco pessoas, incluindo os suspeitos de efetuarem os disparos, foram hospitalizadas em unidade de saúde do Recife.
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