Oito mandados de busca e apreensão domiciliar e 19 mandados de prisão foram cumpridos nesta quarta-feira (9), pela Polícia Civil de Pernambuco (PC-PE), que deflagrou a operação "DNA". A ação policial aconteceu no município de Paulista, no Grande Recife, e atuou com objetivo de identificar e desarticular suspeitos de integrarem facção criminosa voltada aos crimes de homicídio, tráfico de drogas, roubo e incêndio de ônibus, principalmente no bairro de Maranguape II.
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Em coletiva de imprensa no final da manhã desta quarta, a Polícia divulgou que os 19 mandados de prisão foram cumpridos, 13 deles dentro do próprio sistema prisional. Os outros seis suspeitos foram apreendidos durante a operação e levados à sede do Grupo de Operações Especiais (GOE), localizada no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife. Os homens que foram alvos da operação serão encaminhados para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), enquanto as mulheres irão para a Colônia Penal Feminina Bom Pastor.
Foram expedidos 11 mandados de busca e apreensão domiciliar, dos quais oito foram cumpridos. Foram apreendidos 10 aparelhos celular, um notebook, um tablet e um cartão bancário. Em abril, foram apreendidos um revólver 38, oito munições 38, porção de maconha de quantidade não especificada,R$ 90 e 25big-bigs de maconha. Ainda nesta quarta, outros dois mandados de busca e apreensão de adolescente em conflito com a lei foram expedidos pela Vara da Infância e Juventude, dos quais apenas um foi cumprido. Ninguém foi preso em flagrante.
O grupo, considerado "bastante violento", era comandado por um núcleo familiar, como explica o Delegado Diego Jardim, titular da 7ª DPH. "A operação DNA recebeu esse nome porque era um núcleo familiar que liderava o tráfico de drogas em Maranguape II. Eram dois irmãos e o filho que comandavam essa organização. O pai e o filho já se encontravam preso desde o início", disse.
A organização criminosa era envolvida com a prática de homicídio, tráfico de entorpecentes e delitos correlatos, principalmente no bairro de Maranguape II, em Paulista. São atribuídos a esse grupo, 21 homicídios, 5 tentados e 16 consumados, desde abril de 2019. Segundo a Polícia, três homicídios foram evitados.
"Eles praticavam todos os crimes relacionados ao tráfico de drogas, matavam tanto os rivais que frequentavam a área, quanto os próprios aliados que estavam devendo. Eles chamavam e efetuavam os disparos, davam facadas. Inclusive, uma das vítimas teve o pênis decepado. O grupo expulsava pessoas de casa, aterrorizava a população de Maranguape II", explicou Jardim.
O grupo ainda incendiou um ônibus da empresa Itamacará, na PE-22, em Paulista, no dia 24 de novembro de 2019. O motivo, no entanto, ainda não foi divulgado. "As investigações ainda estão em andamento e ainda não vamos divulgar, mas a gente pode afirmar que receberam ordens de dentro do presídio para cometerem o incêndio", afirmou o Delegado.
Para o cumprimento das investigações, que acontecem desde julho de 2019 sob a presidência do Delegado Diogo Jardim, foram empregados 65 policiais civis, dentre delegados, agentes e escrivães.
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