FIM DO CICLO NATALINO

Em formato inédito, Queima da Lapinha saiu pelas ruas do Recife sem presença de público

Cortejo foi realizado por conta da pandemia da covid-19

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Thalis Araújo

Publicado em 07/01/2021 às 17:12 | Atualizado em 07/01/2021 às 17:18
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Em meio a sorrisos, acenos e aplausos, o Recife debruçou-se na janela, no fim da tarde dessa quarta-feira (06), Dia de Reis, para celebrar a Queima da Lapinha, que é uma tradicional liturgia que marca o encerramento do ciclo natalino. Para driblar tempos difíceis causados pela pandemia, a Lapinha saiu do Parque Dona Lindu e foi ao encontro dos recifenses, desfilando em carro aberto pelas ruas da capital pernambucana, acompanhada pela Frevioca, de onde pastorinhas distribuíam a alegria azul e encarnada da cultura popular nordestina.

O cortejo terminou no Sítio Trindade, na Zona Norte da cidade, onde foi consagrada ao fogo a Lapinha, feita de folhagens secas e incensos, com seu simbolismo relacionado à manjedoura onde nasceu o Menino Jesus.

Confira as imagens

DANIEL TAVARES/PCR
Queima da Lapinha encerrou o ciclo natalino e iniciou o carnavalesco, que, por conta da pandemia, precisará ser reinventado - DANIEL TAVARES/PCR
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Queima da Lapinha encerrou o ciclo natalino e iniciou o carnavalesco, que, por conta da pandemia, precisará ser reinventado - DANIEL TAVARES/PCR

Pela primeira vez em muitos anos, a liturgia aconteceu sem a presença do público, para evitar aglomerações, em função da pandemia. Diante de pastorinhas do Estrela Brilhante e ao som da Bandinha Mendes e Sua Orquestra, a Lapinha ardeu em chamas altas, mais altas que de costume, talvez para avisar que tempos mais luminosos se anunciam.

Ao final da liturgia, o frevo encontrou os pés das pastoras, para abrir alas para o Ciclo Carnavalesco, que também precisará ser reinventando pela população e pelo poder público, para preservar a vida da população.

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A programação natalina, que a cerimônia deu por encerrada, começou no último dia 19 de dezembro, espalhando as cores, luzes e tradições culturais do ciclo pelas ruas da cidade, com apresentações volantes e virtuais de pastoris, guerreiros e espetáculos natalinos.

As tradições culturais do ciclo desfilaram por toda a cidade, de carona nas Freviocas, rebatizadas de Nataliocas, levando a alegria natalina para pertinho dos recifenses. Ao todo, foram 12 apresentações percorrendo todas as regiões da cidade nos dias 19, 20 e 25. No aeroporto, entre os dias 19 e 23, dez apresentações de pastoris e bandinhas receberam os visitantes.

No Recife Antigo, a grande atração foram as luzes e cores que tomaram conta da Avenida Rio Branco e do Cais da Alfândega. A decoração preparada pela Prefeitura do Recife imprimiu a magia do Natal sobre a malha urbana e a rotina da cidade, por meio de projeções luminosas de símbolos natalinos sobre as fachadas dos prédios e copas de árvores.

No Cais da Alfândega, a árvore de Natal parecia derramar luzes sobre a cidade, em quatro faces, unidas por esferas luminosas. Em cada face, a imagem de um Jesus Cristo ajoelhado, mãos em prece, se projetava para fora da estrutura, para chegar mais perto dos recifenses, em sintonia com os pedidos de renovação de esperanças, de fé e da chegada de tempos mais amorosos e compassivos.

A programação contou ainda com exibições televisivas e virtuais dos já tradicionais espetáculos natalinos Baile do Menino Deus e Natal para Sempre, além da festa de luzes promovida nos céus do Recife na noite do Réveillon, com a projeção de lasers a partir de oito pontos estratégicos na cidade, nas zonas Norte, Sul e Oeste.

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