SOLIDARIEDADE

Centro Mário Andrade, na Zona Sul do Recife, faz chamado por novos voluntários

Local foi fundado por Joelma Lima, em homenagem ao filho, Mário Andrade, que foi morto aos 14 anos por um sargento reformado da Polícia Militar em 2016

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JC

Publicado em 20/01/2021 às 18:10 | Atualizado em 20/01/2021 às 18:23
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Localizado no bairro do Ibura, na Zona Sul do Recife, o Centro Comunitário Mário Andrade deu início a uma campanha de convocação de novos voluntários. O objetivo é encontrar pessoas que tenham disponibilidade para contribuir com o local, que tem uma grande demanda por voluntários que possam oferecer oficinas, reforço escolar e acolhimento para crianças e mães periféricas da comunidade.

Fundado por Joelma Lima, o centro surgiu com o objetivo de prestar assistência às famílias de jovens mortos nas periferias e ofertar ações sociais e culturais aos moradores do bairro. O local surgiu em homenagem a Mário Andrade, adolescente morto aos 14 anos por um sargento reformado da Polícia Militar em 2016. A mãe de Mário, Joelma Lima, é considerada uma referência na luta por justiça para famílias de jovens negros da periferia assassinados.

De acordo com Joelma, o centro possui demandas diversas e toda ajuda será bem vinda nesse momento. "Juntos nós podemos levantar esse centro e colocar ele para andar. Todo mundo junto, de braços dados, a gente consegue. Quem colaborar vai estar dando força ao Centro Comunitário e ao sonho do meu filho de que o Ibura tenha algo de bom para oferecer pra gente.”

Os voluntários que se interessarem poderão entrar em contato com Joelma Lima, por meio do telefone (81) 98666- 4650 ou no Instagram do Centro. Já aqueles que não possuem disponibilidade de tempo, mas podem colaborar financeiramente, poderão transferir qualquer valor para a conta do Centro.

Dados bancários:

Banco - Nubank
Agência - 0001
Conta-corrente- 65941327-0
Pix - joelmalima.andrade13@hotmail.com

Relembre o caso

Mário Andrade estava andando de bicicleta na Avenida Dois Rios, no bairro do Ibura, Zona Sul do Recife, quando foi atingido pela motocicleta do sargento reformado da Polícia Militar, Luiz Fernando Borges, que tinha 50 anos na época do assassinato. Após o acidente, o homem telefonou para a polícia e afirmou ter sido vítima de uma tentativa de assalto. Depois da ligação, ele disparou contra os adolescentes.

O adolescente mais novo fugiu e levou três tiros, mas sobreviveu, ao se fingir de morto. Segundo testemunhas, Mário levou uma coronhada e foi executado. Luiz Fernando Borges se entregou à Justiça um mês depois e alegou que matou por achar que seria assaltado pelo menino. Ele foi expulso da corporação e condenado a 28 anos e seis meses de prisão pela assassinato.

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