Suspeitos de comercializar carne de cavalo e de jumento são presos no Agreste de Pernambuco
O produto seria entregue em Afogados, no Recife, e em Caruaru, também no Agreste do Estado
Com informações do repórter Alfredo Neto, da Rádio Jornal Limoeiro
Quatro homens com idades entre 24 e 33 anos serão apresentados em audiência de custodia na manhã desta quinta-feira (21) após terem sido presos em flagrante na Delegacia Regional de Limoeiro pela prática de crimes contra as relações de consumo. A suspeita é de que o grupo estava envolvido no transporte clandestino de carne de cavalo e de jumento.
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Eles foram abordados no fim da noite dessa quarta (20) com aproximadamente 600 quilos de carne de cavalo e de jumento. O material seria oriundo de um abatedouro clandestino localizado no Sítio Poço do Pau, na Zona Rural da cidade.
Segundo a Polícia Militar, a carne estava dentro de duas picapes sem a refrigeração e higiene necessárias para o tipo de produto. Os suspeitos teriam revelado que a carga era resultado do abatimento de nove jumentos e dois cavalos, e que seria entregue em Afogados, no Recife, e em Caruaru, no Agreste do Estado.
Os suspeitos também disseram que combinavam as vendas do produto através de WhatsApp, mas não informaram os nomes dos possíveis compradores.
A corporação informou que a carne será incinerada por uma equipe de técnicos da Agência de Defesa Agropecuária de Pernambuco (Adagro) no matadouro Estadual de Vitória de Santo Antão. A Polícia Civil também vai investigar o possível envolvimento de outras pessoas, tanto no abate da carne quanto na compra do produto, que é impróprio para consumo.
Orientações para consumo de carne
A Adagro explica que, na legislação brasileira, não é permitido o consumo da carne de equídeos (cavalos, jumentos e zebras), apesar do abate ser permitido para exportação. Então, qualquer comércio local que forneça esse tipo de carne, tem produto oriundo de um abatedouro clandestino.
"Se o abate é clandestino, você não tem a garantia de onde esse animal veio. Isso é um crime ambiental, contra a saúde pública. Essa carne deve ser apreendida e destruída", diz o diretor de Defesa Animal da Adagro, Fernando Goes.
O especialista explica que é difícil identificar se a carne é, de fato, de origem bovina ou se é de um equídeo. "Para a população leiga, é difícil identificar se a carne é de equídeo ou de bovino, porque não é só coloração que identifica a carne. Quem trabalha na inspeção usa outros procedimentos para identificar", conta.
Portanto, a melhor opção é sempre consumir apenas produtos de origem animal que tenham passado por vistoria. "O que orientamos a população a fazer é comprar produtos com certificado de inspeção federal, do Ministério da Agricultura, com o certificado de inspeção estadual, que é da Adagro, e o certificado de inspeção municipal. Essas carnes têm origem garantida. Assim, você vai evitar os riscos de contrair doenças", sugere Goes.