CORONAVÍRUS

Morre um dos pacientes com covid-19 transferidos de Manaus para o Recife

De acordo com a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE), a pessoa estava internada no Hospital das Clínicas (HC), na Zona Oeste da capital pernambucana

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Publicado em 27/01/2021 às 21:00
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NOVA CEPA Em janeiro, 31% das pessoas que tiveram covid na Capital do AM foram reinfectadas pela P1 - FOTO: DIVULGAÇÃO/FORÇA AÉREA BRASILEIRA (FAB)
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Atualizado às 11h40 de 28/01.

Um dos 26 pacientes com covid-19 transferidos de Manaus para o Recife após a rede de saúde pública da capital amazonense colapsar morreu nesta quarta-feira (27). Em nota, o Hospital das Clínicas (HC), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), informou que o óbito se trata de um homem de 50 a anos que estava internado no hospital-escola localizado na Zona Oeste da capital pernambucana desde a última terça-feira (26). O comunicado informa ainda que o HC-UFPE e a Rede Ebserh se solidarizam pela perda. 

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No boletim sobre a situação da pandemia no Estado, a SES-PE também relatou o óbito, informando que a vítima não resistiu ao agravamento de seu quadro clínico. Esta foi a primeira morte registrada entre os pacientes trazidos de Manaus para o Recife.

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Ainda de acordo com o HC, outros 12 pacientes de Manaus com covid-19, internados no hospital universitário, estão estáveis e apresentam melhora no quadro clínico. Três destes estão na Unidade de Terapia Intensiva e nove na enfermaria de Doenças Infecciosas e Parasitárias. O hospital-escola finalizou afirmando que "continuará sua atuação comprometida no enfrentamento da Covid-19", reiterando "o empenho de todos os profissionais envolvidos". 

Pacientes com covid-19 transferidos de Manaus

Até o momento, Pernambuco já recebeu 26 pacientes do estado do Amazonas enviados pelo Ministério da Saúde. Dois dos que estavam internados no Hospital das Clínicas (HC), serviço com gestão federal, foram transferidos, no final da noite dessa terça-feira (26), para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Referência à Covid-19 Unidade Boa Viagem (antigo Alfa), em Boa Viagem, Zona Sul do Recife.

"São dois homens com 53 anos e 42 anos de idade, que estão passando por exames de avaliação e sendo acompanhados pela equipe multiprofissional do hospital. Os dois estão conscientes, com quadro de saúde considerado estável, recebendo suporte de oxigenação por máscara não reinalante", informou a SES-PE.

Divulgação
Equipe médica que recebeu pacientes de Manaus - Divulgação

No Hospital de Referência à Covid-19 Unidade Boa Viagem, outros 11 amazonenses que já estão sendo monitorados pela equipe que atua na terapia intensiva do serviço (8 homens e 3 mulheres, com idades entre 35 e 64 anos).

"Três (2 homens e 1 mulher) apresentaram piora e precisaram ser intubados. Cinco deles (4 homens e 1 mulher) estão estáveis, mas recebem suporte de oxigenação (cateter nasal e máscara reinalante). Os outros três respiram em ar ambiente (sem a ajuda de aparelhos) e evoluem bem clinicamente", disse a secretaria. Desse grupo, seis foram levados para a unidade nessa terça-feira (26), e os outros cinco, os primeiros a chegar do Amazonas, chegaram no serviço na noite de 23 de janeiro.

Outros 12 amazonenses estão internados no Hospital das Clínicas, na Zona Oeste da cidade.

Amazonas volta a ficar no limite do fornecimento de oxigênio

O Amazonas corre o risco de novo colapso no fornecimento de oxigênio, caso a demanda diária, hoje superior a 80 mil metros cúbicos por dia, aumente nos próximos dias. Segundo a única produtora no Estado, a White Martins, nos últimos cinco dias a empresa atingiu o limite máximo de entrega, duas vezes e meia a capacidade de produção de sua planta em Manaus, que é de 30 mil metros cúbicos por dia.

No dia 14, os hospitais de Manaus entraram em colapso por causa da falta de oxigênio e pacientes morreram asfixiados. Diante da crise, o Amazonas recebeu remessas de cilindros enviadas pelo governo federal e também doações, muitas delas articuladas pelas redes sociais. Segundo a reportagem apurou, o cenário de crise de duas semanas atrás ainda não se repete nas unidades de saúde, mas o aviso da White Martins acende o alerta no Estado.

"Em paralelo, é imprescindível que as autoridades de Saúde mantenham o monitoramento constante da sua demanda no Amazonas, para que seja definido um plano de atendimento emergência", diz nota da empresa enviada à reportagem. Procurado, o governo do Amazonas diz contar com o apoio das Forças Armadas para o transporte de oxigênio não só da White Martins como de outras empresas e doações para Manaus. "O governo do Amazonas também requisitou a produção de outras duas empresas locais que produzem oxigênio e que são de menor porte comparado à multinacional White Martins."

 

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Equipe médica que recebeu pacientes de Manaus - FOTO:Divulgação

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