Na Quarta-feira de Cinzas mais ingrata de todas, Bacalhau do Batata e Munguzá de Zuza celebram simbolicamente o Carnaval

Representantes dos blocos Munguzá de Zuza Miranda e Thais e Bacalhau do Batata foram até o Alto da Sé, com máscara e distanciamento, fazer uma apresentação simbólica
Katarina Moraes
Publicado em 17/02/2021 às 9:27
Bacalhau do Batata e Mungunzá do Zuza e Thais celebram simbolicamente o Carnaval de 2021 Foto: JAILTON JUNIOR/JC IMAGEM


Com informações do repórter Leonardo Vasconcelos, da TV Jornal

A Quarta-feira de Cinzas nunca foi tão ingrata como em 2021 para os amantes do Carnaval. Em um ano em que a emergência da saúde precisou substituir a folia, o dia que marca o término da semana de momo teve ladeiras vazias em Olinda. Para não deixar passar a data em branco, representantes dos blocos Munguzá de Zuza Miranda e Thais e Bacalhau do Batata foram até o Alto da Sé, com máscara e distanciamento, fazer uma apresentação simbólica.

"É para a gente extravasar um pouco nossa emoção. A gente sabe porque não teve esse Carnaval e concordamos, porque o planeta precisa ficar com saúde, mas viemos representando o bloco. É uma pressão no peito, dá uma angústia, uma tristeza, mas a gente sabe que ano que vem, se deus quiser, vamos voltar a fazer um grande Carnaval aqui em Olinda para comemorar os 26 anos do munguzá de Zuza Miranda e Thais", relatou Zuza.

Tradicionalmente, nas primeiras horas da Quarta-feira de Cinzas, o bloco de Zuza e Thais distribui mais de mil litros da iguaria para os incansáveis foliões. Depois, realizam a corrida dos monstrinhos e monstrinhas, premiando com um valor em dinheiro o homem e a mulher fantasiados de monstros que sejam os primeiros a conseguirem subir a ladeira da Sé.

Com orquestra de frevo e passistas, o Munguzá espera até a hora do Bacalhau do Batata, quando passa o bastão para os presidentes do bloco, e ambos desfilam juntos. A agremiação levou garçom e boneco gigante nesta quarta (17) para lembrar a data em que desfilaria.

A gente não pode deixar passar em branco um momento como esse, e temos que lembrar todos os nossos anfitriões, amigos, foliões do mundo inteiro. Dá uma tristeza no coração, porque hoje era dia da gente estar descendo as ladeiras de Olinda com muita emoção, com muita alegria; mas essa alegria vai ficar para o ano que vem, se Deus quiser, no sexagenário do Bacalhau do Batata. A gente está aqui relembrando os momentos lindos que já passamos por aqui", contou Fátima Araújo, presidente do Bacalhau do Batata. 

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