Emlurb inicia reposição de gradis roubados na Via Mangue, na Zona Sul do Recife

Quem passou pela Via Mangue, que dá acesso à Zona Sul da capital pernambucana, nos últimos dias, viu dezenas de gradis sendo recolocados pela Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb). Ao todo, 120 telas (gradis) e 58 montantes (estruturas de base para as telas), frequentemente roubados desde a inauguração do corredor viário, começaram a ser alocados na última semana, após terem sido recuperados pelo órgão.

Os gradis que estão sendo recolocados foram localizados pela Polícia ou simplesmente encontrados em outros locais por terceiros e devolvidas à autarquia, e ficaram guardados no depósito da Emlurb, situado na Diretoria de Limpeza Urbana do órgão. Mesmo assim, representa uma pequena parcela do que foi roubado. Durante vistoria, a Emlurb identificou a ausência de 489 telas e 448 montantes na pista leste, 102 telas e 71 montantes na pista central e 69 telas e 15 montantes na pista oeste, um total de 660 telas e 534 montantes.

Para repor o restante das estruturas, a Prefeitura do Recife lançou, nessa terça-feira (4), uma licitação com investimento de R$ 1.100.607,73, dividido em dois lotes.

Segundo a pasta, a retirada desses equipamentos gera "maior vulnerabilidade para assaltos, como também fragilidade e instabilidade na estrutura que permanece no local, devido à ausência de apoios de fixação." O orçamento mais atual para a reposição e conserto das estruturas depredadas na Via Mangue é de cerca de R$ 450 mil.

A Emlurb afirma estar registrando Boletins de Ocorrência junto à polícia desde as primeiras ações de furto e depredação. E que, em outubro do ano passado, a Delegacia do Cabo de Santo Agostinho retornou à Emlurb com a apreensão e devolução de 28 peças do gradil e mais sete retalhos do material, em atenção ao B.O. – 20E0041000198.

A Guarda Civil Municipal do Recife (GCMR) informou que conta com duas câmeras na Via Mangue, monitoradas 24h, na Central de Operações, e que recebe demandas através do seu canal de atendimento, no número 153, para ocorrências relacionadas à segurança patrimonial de equipamentos públicos da cidade. Além disso, a CTTU tem 4 câmeras para fiscalização de trânsito e diz disponibilizar as imagens para os órgãos que solicitarem.

Já a Secretaria de Defesa Social (SDS) alegou que, em geral, esse tipo de delito tem a "motivação de revenda para ferros-velhos em troca de baixos valores para alimentar a dependência química". A Polícia Civil de Pernambuco disse ter feito, ao longo de 2020 e 2021, uma série de operações para desativar ferros-velhos ilegais e que comercializavam materiais roubados ou furtados.