POLÍCIA

Soldado da Aeronáutica e jovem são mortos em Jaboatão; crime teria acontecido após grupo impedir agressão contra mulher

O crime teria acontecido por volta das 18h em uma oficina e sido cometido por três homens. Assassinato teria acontecido após, horas antes, duas das vítimas impedirem um dos suspeitos de agredir a própria companheira. O soldado da Aeronáutica não estaria envolvido na briga

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JC

Publicado em 13/06/2021 às 10:55 | Atualizado em 13/06/2021 às 11:28
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Com informações da repórter Cinthia Ferreira, da TV Jornal

Um soldado da Aeronáutica de 21 anos e um jovem de 19 anos foram mortos a tiros nesse sábado (12) na Comunidade do Vietnã, em Jardim Piedade, Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. Outro rapaz também ficou ferido. O crime teria acontecido por volta das 18h em uma oficina e sido cometido por três homens. Segundo a Polícia Civil, o assassinato teria acontecido após, horas antes, duas das vítimas impedirem um dos suspeitos de agredir a própria companheira.

Informações preliminares repassadas pela corporação afirmam que uma das vítimas fatais e a vítima da tentativa de homicídio bateram no suspeito do crime para impedir a agressão. No início da noite, o suspeito teria voltado ao local acompanhado de dois homens e efetuado disparos de arma de fogo contra várias pessoas. Uma das três vítimas, o soldado que veio a óbito não havia participado da briga.

O soldado Otávio Felipe Severino da Silva, 21, foi atingido na cabeça. Ele chegou a ser levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Barra de Jangada, mas não resistiu. Também morreu Alan Manoel da Silva, 19, que também deu entrada na unidade sem vida. O terceiro ferido foi levado para o Hospital da Restauração, no Centro do Recife, mas já recebeu alta.

A reportagem da TV Jornal foi até o local do crime, mas a comunidade não quis falar sobre o caso. Na porta da oficina, havia marcas de tiros. Uma arma também foi apreendida pela polícia no local.

Em uma funerária no bairro de Santo Amaro, estava a família do soldado na manhã deste domingo (13). A mãe carregava a farda do filho, e não tinha condições de dar entrevista. O pai, o soldador Adriano Severino da Silva, disse que Otávio estava “no lugar errado e na hora errada”, e confirmou a versão de que tudo teria começado após colegas do soldado impedirem uma agressão contra uma mulher na rua.

“O rapaz estava agredindo a esposa, e dois jovens que estavam na oficina foram apartar e o agrediram também. Tornou-se uma briga, mas o rapaz foi embora. Nesse meio tempo, meu filho passou pela rua e parou lá para conversar com um desses rapazes. Foi na hora que o homem apareceu armado com uma pistola e meteu bala em todos. Meu filho não tinha nada a ver”, disse.

O último contato que ele teve com o filho foi no sábado de manhã quando o soldado largou do quartel. O pai pede justiça. “Ele mandou um vídeo saindo do quartel. Dói demais. Ele ia seguir carreira, fazer uma faculdade, ter sua independência, morar só, o que muitos jovens querem: crescer na vida. Eu quero em nome de Jesus que ele seja pego e preso, para que ele pague pelo que fez. Meu filho não merecia isso”, desabafou.

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