Polícia prende três homens por suspeita de matar motorista de aplicativo pernambucano
Os mandados de prisão temporária foram expedidos pelo Juízo da Vara Criminal da Comarca de Igarassu e cumpridos por policiais civis da equipe de investigação da 6ª Delegacia de Polícia de Homicídios - Igarassu e Abreu e Lima
Três homens foram presos nessa quinta-feira (10) em caráter temporário por suspeita de cometer o crime de latrocínio que vitimou um motorista de aplicativo pernambucano no mês de abril. Após ter saído para trabalhar no dia 9 daquele mês, Jasson Albuquerque Santos desapareceu. No dia 21 de abril, o corpo dele foi encontrado na praia em Cabedelo, na Paraíba. Ele era diácono da Assembléia de Deus de Cruz de Rebouças e tinha dois filhos.
Os mandados de prisão temporária foram expedidos pelo Juízo da Vara Criminal da Comarca de Igarassu e cumpridos por policiais civis da equipe de investigação da 6ª Delegacia de Polícia de Homicídios - Igarassu e Abreu e Lima. A delegada do caso, Estefânia Azevedo, explica que tem o prazo de 30 dias para concluir o inquérito - tempo de validade da prisão temporária dos suspeitos - mas diz acreditar que na próxima semana já deve arremeter o caso à Justiça.
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De acordo com a delegada, os suspeitos teriam levado R$ 90 e o celular de Jasson, que foi vítima de um crime premeditado. "Eles pretendiam roubar um carro de aplicativo. Então, eles chamaram pelo celular. Jasson atendeu à corrida e, quando chegaram ao destino, no bairro do Umbura, em Igarassu, anunciaram o assalto", conta.
Então, teria acontecido uma luta corporal entre a vítima e um dos autores do crime, que acabou na morte de Jasson. "Durante a luta, outro comparsa começou a esfaquear a vítima na região do pescoço. Após isso, perceberam que ele estava desfalecido, colocaram o corpo no banco de trás do veículo e se dirigiram até a praia de Mangue Seco e saíram daquele local. Dirigiram-se, então, até a estrada de Cuieiras, tiraram peças do veículo e depois incineraram", fala a delegada.
Segundo a Polícia Civil de Pernambuco, os autores do crime foram identificados após uma "minuciosa operação investigativa, com apoio e assessoramento do NI DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa)". "Através disso, chegamos a algumas testemunhas que foram chave na elucidação. Quando tivemos uma ideia do que teria acontecido e de quem teriam sido os responsáveis por esse latrocínio, nós conseguimos a prisão deles, diante das robustas evidências", explica Estefânia.
Na delegacia, os suspeitos foram interrogados e teriam confessado os crimes de latrocínio e ocultação do cadáver. "No momento em que foram presos, na delegacia, confessaram o crime, deram detalhes com uma narrativa coerente e parecida entre eles. Com os detalhes que eles forneceram, conseguimos elucidar a motivação e as circunstâncias do crime", diz a delegada. Após as medidas de praxe, os presos foram encaminhados ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), ficando à disposição da Justiça.
O caso
No dia 21 de abril, um ossada foi encontrada na praia de Intermares, em Cabedelo, na Paraíba. Ela foi identificada como sendo do motorista de aplicativo pernambucano Jasson Albuquerque Santos, de 28 anos. O homem estava desaparecido desde o dia 9 de abril.
Quando encontrado, o corpo de Jasson estava em avançado estado de decomposição. Sua identificação só foi possível através de um exame de DNA, com material genético comparado com familiares da vítima.
Os ossos foram encontrados enrolados em um colete que pertencia a uma embarcação. Horas depois, um braço em avançado estado de decomposição foi encontrado. Através da análise das impressões digitais da mão, o perito Clébio Gomes descobriu que a ossada pertencia ao motorista de aplicativo.
Jasson Albuquerque trabalhava nas horas vagas do serviço de pedreiro como motorista de aplicativo. Segundo a família, ele costumava chegar em casa por volta das 19h diariamente, mas no dia do desaparecimento ele não retornou. O carro dele foi encontrado carbonizado na comunidade Cuieiras, em Nova Cruz, no município de Igarassu, Região Metropolitana do Recife, com algumas peças faltando.