Diácono de igreja evangélica preso suspeito de estuprar meninas no Cabo ameaçava vítimas
Até o momento, PCPE tem informações de seis vítimas, todas meninas entre 3 e 12 anos, sendo uma delas a neta do homem
A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) afirmou, nesta quarta-feira (21), que o homem de 58 anos preso por suspeita de estupro contra a neta e outras menores também teria ameaçado as vítimas. Ele, que é diácono de uma igreja evangélica do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, foi preso na cidade de Primavera, na Zona da Mata Sul de Pernambuco, enquanto se escondia na casa de parentes. Até o momento, a PCPE tem informações de seis vítimas, todas meninas entre 3 e 12 anos
"Após as denúncias, chegaram notícias na delegacia de que ele estaria na comunidade ameaçando as vítimas de terem prestado as queixas contra ele, então, iniciamos investigação pertinente a ameaças", disse a Socorro Veloso, titular da 14ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM).
Segundo a polícia, a primeira denúncia ocorreu no dia 7 de julho. "Tivemos o primeiro relato de que uma garota de 12 anos teria sido abusada sexualmente e estaria gestante do avô, foi aí que iniciamos a investigação", disse a delegada.
A família da menina de 12 anos só descobriu a gestação depois que a adolescente passou mal e precisou ser socorrida. Só então, relatou a violência sofrida. A menina foi submetida a exames no Instituto de Medicina Legal (IML) e a justiça autorizou que fosse realizado um procedimento abortivo. A adolescente já recebeu alta e encontra-se na casa da avó paterna.
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Ainda de acordo com a delegada, após o primeiro caso, outras pessoas começaram a denunciar os crimes. "No dia 14 de julho, uma mãe chegou à delegacia dizendo que há possibilidade das duas filhas entre 6 e 10 anos terem sido abusadas. Além disso, a ex-namorada do diácono também denunciou que as duas filhas dela, de 3 e 10 anos, foram vítimas dos abusos.", declarou. Uma vizinha também denunciou o homem por práticas contra a filha.
Denúncias
A delegada Fabiana Ferreira, gestora do Departamento De Polícia Da Mulher (DPMUL), explicou que, no primeiro sinal de abuso emitido pela criança, é necessário que os pais ou responsáveis procurem a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher.
"Elas atendem os casos de violência em relação à menor de idade. É importante procurar a delegacia especializada, mas caso não tenha uma seu município, pode procurar uma delegacia da Polícia Civil também", falou.
Como as cidades do Recife, Paulista e Jaboatão dos Guararapes possuem Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, portanto, em caso de abuso contra menor, as denúncias devem ser feitas no local.