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Caso Miguel: segunda audiência instrução e julgamento é marcada

A ex-patroa da mãe de Miguel, Sarí Corte Real, acusada pelo crime de abandono de incapaz com resultado morte, será interrogada

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Adige Silva

Publicado em 31/08/2021 às 23:53 | Atualizado em 01/09/2021 às 6:05
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A segunda audiência instrução e julgamento do caso do menino Miguel Otávio Santana, de 5 anos, que morreu após cair do nono andar de um prédio de luxo no Centro do Recife, está marcada para 15 de setembro, às 9h, 1ª Vara de Crimes contra a Criança e o Adolescente da Capital, localizada no Centro Integrado da Criança e do Adolescente (Cica), na Boa Vista. A ex-patroa da mãe de Miguel, Sarí Corte Real, acusada pelo crime de abandono de incapaz com resultado morte, será interrogada.

Também serão ouvidas duas testemunhas da defesa que faltam à instrução do processo - sendo uma de forma presencial e outra por videoconferência, na comarca de Tamandaré, Litoral Sul do Estado.

Na primeira audiência do caso, que aconteceu no dia 3 de dezembro de 2020, foram ouvidas oito testemunhas arroladas pelo Ministério Público e três testemunhas de defesa. Uma quarta testemunha solicitada pela defesa foi ouvida por carta precatória na comarca de Tracunhaém.

"Não quero que o caso de Miguel caia no esquecimento e vire mais um. Miguel tem mãe. Eu sempre lutei pelo meu filho em vida. Hoje eu também estou defendendo o meu filho com unhas e dentes", afirmou a mãe de Miguel, Mirtes da Silva, em uma live nessa última segunda-feira (30), com o humorista e apresentador Fábio Porchat.

Relembre o caso

Miguel morreu na tarde de 02 de junho deste ano. Na ocasião, Sarí estava responsável pela vigilância do menino, enquanto a mãe dele passeava com o cachorro da patroa.

DAY SANTOS/JC IIMAGEM
Miguel procurava pela mãe quando caiu de uma altura de aproximadamente 35 metros - DAY SANTOS/JC IIMAGEM

A perícia realizada pelo Instituto de Criminalística no edifício constatou, por meio de imagens, que Sarí apertou o botão da cobertura, antes de deixar a criança sozinha no elevador. Ao sair do equipamento, no nono andar, o menino passa por uma porta corta-fogo, que dá acesso a um corredor. No local, ele escala uma janela de 1,20 m de altura e chega a uma área onde ficam os condensadores de ar. É desse local que Miguel cai, de uma altura de 35 metros.

Sarí Corte Real, ex-patroa da mãe de Miguel, é esposa do prefeito de Tamandaré, Sérgio Hacker (PSB). Na época do caso, Mirtes e a avó de Miguel trabalhavam na casa do prefeito, mas recebiam como funcionárias da prefeitura

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