A notícia de que uma possível erupção do vulcão Cumbre Vieja, localizado nas Ilhas Canárias, na costa da África, poderia provocar um tsunami que atingiria o Nordeste do Brasil tem deixado muita gente preocupada. Dúvidas sobre as áreas que poderiam ser atingidas e suas possíveis consequências começaram a surgir. Afinal, esse tsunami seria capaz de chegar a Pernambuco? A professora Tereza Araújo, do Departamento de Oceanografia, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), fala sobre essa e outras questões relacionadas ao tema.
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A princípio, é importante compreender o que é um tsunami. As ondas gigantes, como também é conhecido, é um fenômeno que pode atingir em média altura de 150 metros, que irá variar de acordo com a intensidade. Elas podem percorrer milhares de quilômetros, atingindo velocidade de aproximadamente 700km/h. O tsunami é mais comuns em áreas com instabilidade tectônica.
Segundo Tereza Araújo, apesar do vulcão Cumbre Vieja ter entrado em estágio amarelo, devido a alterações em suas atividades sísmicas detectadas no último sábado (11), as chances de que um tsunami atinja o Brasil são mínimas.
"Não posso dizer que não há possibilidade, porque ela existe, mas ela é bem pequena. Não há necessidade da população entrar em pânico. O vulcão ter registrado atividade não significa que ele de fato vá entrar em erupção e nem que irá um tsunami que irá atingir o Brasil", falou.
À reportagem do JC, a professora explicou que, na maioria das vezes, o tsunami acontece em decorrência de um terremoto, que libera muita energia de uma vez, que pode se propagar e perder só perder a energia na Costa. No entanto, é importante lembrar que nem todo terremoto gera uma onda gigante.
"A probabilidade um tsunami ocorrer em decorrência de um terremoto é bem maior que a de um vulcão, mas não é motivo para medo. Tremores de terra foram constatados em Natal e Fortaleza recentemente e nenhum deles provocaram ondas gigantes", pontuou a professora.
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