Legislação

Recife formula Conselho de Cultura de Paz e Justiça Restaurativa

Entre as iniciativas, serão promovidas ações de comunicação não violenta para professores e agentes de trânsito, práticas integrativas na saúde, realização de círculos restaurativos nos presídios e realização de oficinas contra bullying,entre outras.

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JC

Publicado em 22/10/2021 às 19:15 | Atualizado em 22/10/2021 às 19:16
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A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Segurança Cidadã, irá formular um Conselho Municipal de Cultura de Paz e Práticas Restaurativas. O novo organismo de controle social, que abrange todas as áreas das competências municipais, é fruto da Lei de Cultura de Paz e Justiça Restaurativa do Recife, sancionada do dia 13 de outubro e já publicada no Diário Oficial da cidade, o que torna a capital pernambucana, a primeira do Brasil a ter uma legislação para tratar de ações que promovam a política de paz.  

A nova lei  também estabelece diretrizes para adoção de medidas de forma transversal em diversas Secretarias como Saúde, Educação, Mulher, Cultura e Mobilidade, além de Segurança Cidadã, entre outras. O Conselho Municipal tem, entre suas premissas, promover ações de comunicação não violenta para professores e agentes de trânsito, práticas integrativas na saúde, criação de uma política de formação continuada de Cultura de Paz para funcionários do poder executivo, realização de círculos restaurativos nos presídios, realização de oficinas contra bullying e outras formas de violência.

 

 


A construção do Projeto de Lei, que partiu do Executivo municipal, começou na I Conferência Municipal de Cultura de Paz e Justiça Restaurativa, realizada em dezembro de 2019, na Universidade Católica de Pernambuco, quando instituições públicas e privadas debateram a construção de caminhos e soluções para as dificuldades encontradas no campo da segurança, da justiça e dos direitos humanos no município.

 Na plenária final, após dois dias de debate, foram aprovadas 123 propostas contemplando seis eixos com foco na Cultura de Paz; nas Práticas Restaurativas e transformações de conflitos; nos Direitos Humanos e relações étnico raciais, gênero, sexualidade e populações vulneráveis; na participação social e protagonismo cidadão; na comunicação e na formação. A população em geral também participou da construção da minuta, que esteve disponível até agosto de 2020 para consulta e considerações no Portal da Transparência da Prefeitura do Recife.

 

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