CASO BEATRIZ

Suspeito do assassinato de Beatriz já estava preso por outros crimes; entenda

A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco identificou o homem através de DNA

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Filipe Farias

Publicado em 11/01/2022 às 19:14 | Atualizado em 13/01/2022 às 18:14
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A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco confirmou, nesta terça-feira (11), que identificou o suspeito de matar Beatriz, aos 7 anos, com mais de 40 facadas, em uma escola particular na cidade de Petrolina, no Sertão do Estado, no dia 10 de dezembro de 2015.

De acordo com a SDS-PE, após trabalho conjunto das forças estaduais de segurança pública, a identificação se deu por meio de análises do banco de perfis genéticos do Instituto de Genética Forense Eduardo Campos, que identificou o DNA recolhido na faca utilizada no crime.

Ao ser confrontado os perfis genéticos do banco de dados, a Polícia Civil chegou ao DNA do suspeito, que se encontra preso em uma unidade prisional do Estado por cometer outros delitos. Ao ser interrogado pelos delegados da Força Tarefa, o suspeito confessou o assassinato da menina Beatriz e foi indiciado por mais um crime.

A SDS comunicou que outras informações serão fornecidas na coletiva de imprensa que será realizada, nesta quarta-feira (12), às 9h, no auditório da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, com representantes da Polícia Civil, Polícia Científica e Ministério Público de Pernambuco.

Leia a nota da SDS-PE

A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, por meio do trabalho conjunto das forças estaduais de segurança pública, chegou, nesta terça-feira (11), ao autor do assassinato da menina Beatriz Angélica Mota, ocorrido em 2015, em Petrolina. Por determinação do governador Paulo Câmara, a Força Tarefa - criada em 2019 para investigar o caso foi mantida mobilizada até a elucidação deste crime. A equipe revisitou todo o inquérito e realizou novas diligências. A identificação do suspeito se deu por meio de análises do banco de perfis genéticos do Instituto de Genética Forense Eduardo Campos, realizadas no dia de hoje, que identificou o DNA recolhido na faca utilizada no crime. Em confrontação de perfis genéticos do banco, chegou-se ao DNA do suspeito, que se encontra preso por outros delitos em uma unidade prisional do Estado. Ao ser ouvido pelos delegados da Força Tarefa, confessou o assassinato e foi indiciado.

Relembre o caso

No dia 10 de dezembro de 2015, em Petrolina, Beatriz foi assassinada com 42 facadas em uma sala desativada do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, onde estudava, quando acontecia a formatura da irmã mais velha.

Beatriz havia se afastado para beber água e não voltou mais. O corpo dela foi encontrado 30 minutos após.

Uma força-tarefa de delegados acompanha o caso. O inquérito, com 24 volumes, foi remetido ao Ministério Público no começo de dezembro de 2021. Há, ao todo, 442 depoimentos, 900 horas de imagens e 15 mil chamadas telefônicas analisadas.

Em 2017, polícia divulgou a imagem de um suspeito que possivelmente entrou no colégio durante a festa. Uma câmera flagrou o rapaz do lado de fora, mas nenhuma imagem do lado de dentro teria registrado. Foi oferecida recompensa de R$ 10 mil, mas o criminoso não foi encontrado.

No final do ano passado, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, demitiu o perito criminal Diego Leonel Costa, que prestou consultoria de segurança ao Colégio Nossa Senhora Auxiliadora após o assassinato da menina.

A investigação da Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS) apontou que o perito era sócio de uma empresa de segurança que foi contratada pela escola. De acordo com as investigações da Corregedoria, Diego participou da criação de um plano de segurança para o colégio, na condição de sócio cotista da Empresa Master Vision.

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