CHUVAS EM PERNAMBUCO: Defesa Civil contabiliza morte, deslizamentos, interdições em estradas e quedas de árvores
Pelos uma pessoa morreu por causa de deslizamentos em Olinda, na RMR, como aponta o Corpo de bombeiros
Um balanço da Defesa Civil de Pernambuco sobre as chuvas no Estado na manhã desta quarta-feira (25) indicou trechos de alagamentos, quedas de árvores e deslizamentos de barreiras na Região Metropolitana do Recife (RMR) e Zona da Mata.
Ao menos uma pessoa morreu por causa de deslizamento em Olinda, na RMR, de acordo com o Corpo de Bombeiros. A vítima foi encontrada no Córrego do Abacate, em Olinda.
No Córrego do Abacaxi, também em Olinda, um casal está sendo procurado pelo Corpo de Bombeiros. Quatro pessoas ficaram feridas após deslizamentos na cidade.
Já em Camaragibe, duas pessoas ficaram desalojadas também em decorrência das quedas de barreiras, no Córrego do Desastre. Em Jaboatão dos Guararapes, um deslizamento deixou uma criança ferida na comunidade de Sapucaia.
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Trânsito
A mobilidade também foi prejudicada com o volume de chuvas. Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), a rodovia PE-015 teve pontos de interdições nas imediações dos bairros de Cidade Tabajara e Ouro Preto, nos dois sentidos.
Já na BR-101, o trecho de interdição com alagamento é nas imediações do bairro da Guabiraba, no km 60, nos dois sentidos. Nos km 35, em Igarassu, e no 82, em Jaboatão dos Guararapes, também há acúmulo de água na pista, mas os carros de passeio continuam passando.
A PE-008 está com umas das pistas alagada, no sentido Cabo de Santo Agostinho, nas imediações do viaduto de Prazeres. Também na PE-060, entre o Cabo de Santo Agostinho e São José da Coroa Grande, existem trechos de retenção d’água ao longo da via. O DER já acionou equipe para executar os serviços de drenagem.
Em Camaragibe, na PE-005, o trânsito ficou retido nos dois sentidos por conta da chuva e do incêndio ocorrido, na madrugada, no Mercado Público da cidade.
Segundo a Defesa Civil de Pernambuco, há acúmulo de água na PE-85, nas imediações do município de Ribeirão. O órgão equipes do DER executam serviços emergenciais de limpeza manual e drenagem nas faixas de rolamento nos quilômetros 2, 15 e 24.
Na rodovia PE-076, que liga a PE-060 a Tamandaré, também foi registrado alagamento no trecho próximo ao posto de combustível, na chegada da cidade.
A APAC ainda emitiu um alerta para os rios Capibaribe Mirim, em Timbaúba, Rio Capibaribe em São Lourenço da Mata e em Paudalho, Rio Amaraji em Ribeirão, Rio Pirangí em São Benedito do Sul e o Rio Jacuípe no município de Xexéu.
ÍNDICES
De acordo com a Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), os maiores índices registrados foram nas cidades de Olinda (207 mm), Recife (192 mm), Itapissuma (178 mm), Jaboatão dos Guararapes (177 mm).
Se continuar chovendo no início da tarde, Leonardo Rodrigues, tenente-coronel e secretário executivo de Defesa Civil de Pernambuco, explica que corre o risco de novos alagamentos na região. "A situação da maré impacta diretamente no escoamento das aguas da chuvas. A gente tem diversos problemas no sistema de drenagem, que provocam os alagamentos. O pico da maré é as 12h47. Com pico de 2,10 metros", disse.
"Isso traz uma preocupação, porque segundo a Apac, o nível de alerta subiu nas ultimas 24 horas, em que o acumulado é mais de 100 milímetros. Traz uma preocupação para a população, porque se a chuva persistir até o início da tarde, os problemas relacionados aos alagamentos devem aumentar", relatou.
Em caso de ocorrências a população deve entrar em contato com a Defesa Civil de seu município. Caso não consigam, podem entrar em contato com a Central 24h pelos telefones 199 ou 3181-2490.
Alerta
A Apac elevou, nesta quarta-feira (25), o nível do aviso meteorológico por causa das fortes chuvas que continuam a cair no Estado.
Antes, a classificação do aviso meteorológico era laranja, "estado de atenção". Agora, o nível subiu para vermelho, "estado de alerta". Entre os transtornos já registrados no Grande Recife estão alagamentos e o deslizamento de barreiras.
"Devido os acumulados de chuva estarem muito altos, foi alterado o nível de risco das regiões", explica a agência".
Segundo a Apac, no estado de alerta vermelho, há "previsão de condição extrema dos fenômenos meteorológicos com risco muito alto e intensidade excepcional" e os acumulados podem ultrapassar 100 mm.