“O que a gente não pede a uma mãe que ela não faz?”. O questionamento retórico da dona de casa Maria Verônica dos Santos Silva é a própria resposta do porquê ela, mais uma vez, participa da celebração da padroeira do Recife. “Nossa Senhora significa tudo para mim”, relatou ela na 326ª edição da Festa Nossa Senhora do Carmo, em 2022, que tem como tema “Pão em todas as mesas”.
Maria Verônica foi uma das fiéis que preferiu adiantar a ida até a Basílica e Convento de Nossa Senhora do Carmo nesta sexta-feira (15), para evitar a multidão de gente que deve render graças neste sábado (16), no Bairro de Santo Antônio, no Centro da capital pernambucana, a uma das mais famosas representações da Virgem Maria.
Serão celebradas 22 missas no Dia de Nossa Senhora do Carmo, de hora em hora, tanto no claustro, quanto na Basílica. A primeira já começa à 0h deste sábado. A Missa Solene acontece às 9h, presidida pelo monsenhor padre José Albérico Bezerra de Almeida, o secretário geral do XVIII Congresso Eucarístico Nacional e vigário paroquial da Paróquia de N. Sra. de Fátima de Boa Viagem.
Às 15h, é realizada a Missa Solene Campal, presidida por dom Fernando Saburido, o arcebispo metropolitano da Arquidiocese de Olinda e Recife. Após a missa, por volta das 16h30, será dado início à tradicional procissão com a imagem de Nossa Senhora, que retorna após dois anos de pausa por causa da pandemia da covid-19. A saída será da Igreja Santa Teresa de Jesus da Venerável Ordem Terceira do Carmo, ao lado da Basílica.
O roteiro seguirá pelas Avenidas Nossa Senhora do Carmo e Martins de Barros, Praça da República, Rua do Sol e Avenidas Guararapes e Dantas Barreto. “É o percurso comum da procissão - curto, mas que se torna longo pela quantidade de fiéis que vêm”, explicou o Frei Rosenildo Alexandre, reitor da Basílica.
A imagem utilizada será a mesma que percorreu igrejas em todo o Brasil nas comemorações dos 700 anos do escapulário em 1951 e que, em 2019, peregrinou nas paróquias da Arquidiocese de Olinda e Recife em comemoração ao centenário da coroação canônica de Nossa Senhora do Carmo como Rainha de Recife e Pernambuco.
“Tem muitas novidades na Festa do Carmo deste ano, que já começou com ela recebendo uma coroa, um presente que veio do Peru, além de escapulários, o cetro e o manto do menino Jesus”, contou o frei.
Por fim, a programação da festa será encerrada com apresentações culturais - a musicalidade religiosa do padre Damião Silva, às 18h, e do sanfoneiro Dudu do Acordeon, às 20h. Os espetáculos acontecem no palco montado no pátio do Carmo, em frente à Basílica, na avenida Dantas Barreto, área central do Recife.
A comemoração religiosa será dobrada esse ano; isso porque, em 2022, completam-se 100 anos da Basílica do Carmo do Recife, que foi elevada à condição de Basílica Menor em 1922, através de bula pontifícia decretada pelo papa Bento XV.
Para a dona de casa Antônia Lima Silva, é tempo de agradecer e pedir as graças que, segundo ela, Nossa Senhora do Carmo sempre concede, desde que se tenha fé. “Ela é mãe que acolhe, que guarda e que tem compaixão. Foi naqueles braços que me senti apoiada e hoje estou aqui agradecendo.”
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