Com informações da repórter Cinthia Ferreira, da TV Jornal
O principal suspeito do feminicídio da administradora Renata Alves da Costa, de 35 anos, segue para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife, onde ficará preso, na manhã desta quarta-feira (10).
Antes disso, João Raimundo Vieira da Silva de Araújo prestou depoimento na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro do Cordeiro, Zona Oeste da cidade.
Às autoridades, ele teria confessado a autoria pela morte da mulher, mas alegou que o tiro foi acidental. Ele não quis falar com a reportagem.
Por nota, a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), por meio da 2ª Delegacia de Polícia de Homicídios, informou ter finalizado o interrogatório do investigado.
A corporação disse também que a equipe segue dedicada à investigação, "realizando todas as diligências necessárias para o completo esclarecimento do crime e conclusão do procedimento policial" e que mais informações serão repassadas em momento oportuno.
Após o depoimento, o suspeito fez exames de corpo delito no Instituto Médico Legal (IML), em Santo Amaro, área central da capital pernambucana, e foi encaminhado ao Cotel.
Prisão foi feita em aeroporto
João Raimundo foi capturado no Aeroporto de Natal, no Rio Grande do Norte, nessa terça-feira (9), pela equipe do delegado Sérgio Ricardo e com o apoio da Polícia Federal. Ele tentava embarcar para São Paulo.
Renata Alves foi morta no último sábado (6) no apartamento onde morava, no bairro de Campo Grande, na Zona Norte do Recife, com um tiro na testa. O corpo só foi encontrado domingo (7) pela Polícia Militar de Pernambuco (PMPE).
De acordo com informações repassadas para os investigadores, as câmeras de segurança do prédio registraram que, no dia em que ocorreu a morte, a mulher teria entrado no condomínio com o namorado, por volta das 17h, e que ele teria ido embora sozinho no mesmo dia, por volta das 20h.
Suspeito de feminicídio acumulava processos
A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) enquadrou o crime como feminicídio e apontou João como o principal suspeito de tê-lo cometido. O homem já acumulava processos por tentativa de homicídio e por violência doméstica.
Ele, que é psicólogo, atirou contra dois funcionários do Mar Hotel, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul da cidade, em 2019, após os trabalhadores terem tentado impedi-lo de agredir a ex-companheira. Circuito de segurança registrou a ação:
Os funcionários entraram com processos cíveis com pedidos de danos morais e materiais devido à tentativa de homicídio, que tramitam na 34ª Vara Cível da Capital. Eles pedem indenizações de R$ 90 mil e R$ 80 mil cada, pelas sequelas que sofreram na ocasião.
Por causa do crime, segundo a polícia, João Raimundo usava tornozeleira eletrônica. No sábado, entretanto, o Centro de Monitoramento de Reeducandos, da Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), identificou que ele rompeu o dispositivo.
O órgão disse que comunicou o fato ao Tribunal de Justiça, que é o responsável por tomar as medidas cabíveis.
Ainda, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) indica três cartas precatórias enviadas pela 2ª Vara de Violência Doméstica e Família Contra a Mulher do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA).
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