Linha Sul do Metrô do Recife registra atraso após problemas técnicos
Um dos trens apresentou problemas no compressor e precisou ser evacuado nas proximidades da Estação Joana Bezerra
Trens da Linha Sul do Metrô do Recife circulam com atraso nesta quarta-feira (17). Segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), isso acontece após o registro de um problema técnico.
Às 11h15, um trem apresentou problemas no compressor e precisou ser evacuado nas proximidades da Estação Joana Bezerra. O órgão contou que a equipe da manutenção atuou no local e o trem foi recolhido.
Em virtude disso, houve a necessidade de se realizar o procedimento de via singela entre as estações Largo da Paz e Recife. Entretanto, no momento, o trecho já se encontra liberado.
Nessa terça-feira (16), houve uma "explosão" provocada por um provável curto circuito em um dos trens do Ramal Jaboatão da Linha Centro.
No mesmo dia, a coluna Mobilidade, deste JC, denunciou a situação precária no sistema do Recife, apontando como causa a ausência de recursos até mesmo para o custeio da operação.
Sem perspectiva
Por Roberta Soares
Sem recursos para nada, o Metrô do Recife também segue sem perspectivas, o que é o mais angustiante. Não recebe recursos do governo federal, via Administração Central da CBTU e Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), e ainda viu o estudo de uma possível estadualização e futura gestão privada ser engavetado pessoalmente pelo governador Paulo Câmara (PSB).
Futuro do Metrô do Recife é decidido. Sistema será concedido à iniciativa privada. Confira detalhes
Em maio, o governador se comprometeu com os metroviários de que não iria avançar com o processo de estadualização e, posteriormente, concessão do Metrô do Recife à operação privada.
CONHEÇA O CEMITÉRIO DE TRENS DO METRÔ DO RECIFE:
Assumiu o compromisso depois que técnicos da Secretaria de Planejamento de Pernambuco - com o seu aval - modelaram uma proposta de Parceria Público Privada (PPP) em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a pedido do governo federal. O Ministério da Economia decidiu conceder os sistemas operados pela CBTU no Brasil, além da Trensurb de Porto Alegre para gestão privada. E, apesar da recusa do Estado, os estudos seguem.
O Sindicato dos Metroviários (SindMetro) pressionou e ameaçou paralisar o metrô, conseguindo travar o processo pelo menos na gestão de Paulo Câmara. De lá para cá, nada aconteceu e o metrô seguiu em destruição, sem dinheiro para custeio, muito menos para investimentos, com muitas quebras, intervalos superiores a sistemas de trens de subúrbio e, ainda, sem perspectiva. Nenhuma perspectiva.
Cada grupo defendendo apenas seus nichos, enquanto o passageiro sofre e paga a conta.