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Doenças cardiovasculares: Saiba como evitar uma das principais causas de mortes no mundo

Colesterol alto, hipertensão e sedentarismo. Cardiologista associada do Sindicato dos Médicos de Pernambuco, explica como essas doenças afetam o sistema cardiovascular e como se prevenir

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JC360

Publicado em 11/11/2022 às 8:57 | Atualizado em 11/11/2022 às 12:39
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As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte não só no Brasil mas no mundo todo. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), mais pessoas morrem anualmente por essas enfermidades do que por qualquer outra doença nos últimos 20 anos.

Essas doenças podem afetar o coração e os vasos sanguíneos, como a doença arterial coronariana, que envolve dor no peito e infarto agudo do miocárdio, a maior causa de morbimortalidade no mundo.

De acordo com a OMS, as doenças cardíacas estão matando mais pessoas do que nunca. O número de mortes aumentou em mais de 2 milhões, nos anos 2000, para quase 9 milhões em 2019. A enfermidade agora representa 16% do total de mortes por todas as causas. 

 

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O número de mortes por doenças cardíacas aumentou em mais de 2 milhões, desde o ano de 2000 para quase 9 milhões em 2019. - Reprodução/Pexels

Algumas das doenças no coração podem ser descobertas ainda nos primeiros anos de vida, que são as cardiopatias congênitas, e outras durante a vida.

A doença cardiovascular mais comum envolve a formação de placas de gordura nas artérias - a aterosclerose, responsável direta pela grande maioria dos infartos, derrames cerebrais (AVC) e amputações de membros inferiores.

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Criador: Wildpixel. A doença cardiovascular é multifatorial causada pela hipertensão, hábitos de vida pouco recomendáveis, além do sedentarismo, por exemplo. - Crédito: Getty Images/iStockphoto

O desenvolvimento da aterosclerose está relacionado à herança genética, mas, principalmente, à presença de fatores de risco adquiridos, o que significa que eles podem ser controlados, e a doença prevenida. Estudos mostram que 90% das pessoas que tiveram doença cardiovascular têm ao menos um desses fatores:

  • Tabagismo;
  • Sedentarismo;
  • Uso de drogas (principalmente cocaína);
  • Uso de esteróides anabolizantes;
  • Hipertensão;
  • Diabetes;
  • Colesterol alto;
  • Histórico familiar;

A doença cardiovascular é multifatorial causada pela hipertensão, hábitos de vida pouco recomendáveis, além do sedentarismo, por exemplo. É importante que as pessoas pratiquem atividades físicas regularmente, não necessariamente ir para a academia, mas fazer exercícios até em casa durante uma faxina, ou usar as escadas ao invés do elevador para ir para casa”, afirma a Dra. Malu David, cardiologista e secretária de Assistência ao Associado do Simepe.

Como saber se a pessoa tem problema de coração?

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É importante que as pessoas pratiquem atividades físicas regularmente, não necessariamente ir para a academia, mas fazer exercícios até em casa. - Tião Siqueira/JC Imagem

As pessoas apresentam queixas como dispneia - a falta de ar quando faz esforço -  e isso pode estar ligado a uma insuficiência cardíaca, ou dor durante atividade física, e neste caso, ela precisa ser investigada pois pode ser uma doença coronariana.


Normalmente, o coração bate silenciosamente de 60 a 100 vezes por minuto e não tomamos conhecimento, mas se ele sai do ritmo ou se aumenta muito a frequência cardíaca, é perceptível, a queixa de ‘coração disparado’, desperta a necessidade de procurar um cardiologista.


“É necessário evitar, de todo jeito, até a convivência com fumantes. Existem dois tipos de fumantes: o ativo e o passivo. Este último, são aquelas pessoas que não fumam, mas convivem com fumantes e são afetadas pela fumaça. As pessoas que fumam têm um risco muito grande de desenvolver uma doença pulmonar ou um câncer ou uma doença cardiovascular, principalmente a coronariopatia", diz a Dra.

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Tratamento para doenças cardiovasculares

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Estudos mostram que 90% das pessoas que tiveram doença cardiovascular têm ao menos um desses fatores: tabagismo, sedentarismo, diabetes, entre outros - Tião Siqueira/JC Imagem

O principal tratamento para o hipertenso é o controle da pressão arterial. Dra Malu David afirma ainda que é importantíssimo:

  • praticar atividade física
  • Ter uma dieta bem balanceada;
  • Diminuir consumo de fast food, enlatados, conservas, defumados e embutidos

Uma alimentação mais saudável com frutas, verduras, legumes e proteínas como carne, peixe, frango e ovo e devem fazer parte do cardápio alimentar. A mudança do estilo de vida associada ao tratamento medicamentoso traz bons resultados para o paciente”, completa.

Quem tem apnéia do sono também tem problema de coração?

A apnéia do sono é um risco para as doenças do coração. Os roncadores devem procurar e investigar se têm a síndrome da apnéia obstrutiva do sono, caso sim é necessário realizar uma avaliação sobre o número de pausas que o paciente tem durante o sono. Além do problema cardiovascular é a associação com demência, o paciente fica sonolento, o tempo que ele passou à noite sem respirar, o cérebro deixou de receber o oxigênio. Uma classificação é feita: leve, moderada e intensa.

"Os pacientes que têm apnéia do sono são orientados a usar um aparelho para ajudar a respirar quando eles param de respirar à noite. O aparelho liga e começa a mandar a oxigênio para o paciente. Já para os que têm uma queixa muito relevante, solicitamos a polissonografia para detectar a apnéia e com esse exame a gente avalia e faz as orientações”, pontua a cardiologista Malu David.


Prevenção

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É importante que o paciente faça visitas periódicas ao médico, ou checkup, para a elaboração de estratégias de prevenção. - Tião Siqueira/JC Imagem

Dois fatores determinantes para evitar o desenvolvimento de doenças cardiovasculares são: alimentação saudável e prática de atividades físicas.

Ter uma alimentação saudável, com dieta equilibrada, manter o corpo ativo contribuem para que o paciente tenha mais qualidade de vida. Com o aumento da expectativa de vida, as pessoas passaram a viver mais, porém, com hábitos de vida pouco saudáveis.

A prevenção cardiovascular envolve duas etapas: a avaliação do risco para um infarto ou AVC, e o controle dos fatores de risco. Na maioria das vezes, isso exige uma consulta médica, alguns exames complementares simples, seguidos de mudanças no estilo de vida e, em algumas circunstâncias, o uso de medicamentos. Mas é importante fazer visitas periódicas ao médico, ou checkup, para a elaboração de estratégias de prevenção.


Quando se registra uma complicação aguda, como o infarto ou AVC, o foco inicial do tratamento é abrir as artérias obstruídas e restabelecer o fluxo de sangue para o coração e o cérebro, respectivamente. Isso precisa ser feito de forma rápida e efetiva para evitar sequelas clínicas e danos permanentes a esses órgãos.

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