Depois de um mês difícil em Fernando de Noronha por conta da proibição da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) de pousos de aviões turbojatos - iniciou no feriado de 12 de outubro -, o turismo no arquipélago começa a aquecer novamente. Se no mês passado, os empresários locais sofreram com o alto número de cancelamentos de voos e pacotes turísticos, agora em novembro a busca por viagens para o paraíso brasileiro está aumentando.
Mesmo com apenas uma companhia aérea operando em Fernando de Noronha, devido a reforma na pista do aeroporto, o administrador da ilha garante que a quantidade de voos está dando conta da demanda. "A proibição da ANAC de aviões turbojatos pousarem em Noronha aconteceu em outubro, mas logo a Azul disponibilizou oito voos diários com aeronaves do tipo ATR (de médio porte e propulsão turboélice). Esses aviões têm uma capacidade de 70 passageiros, ou seja, uma média de 560 passageiros entrando e saindo da ilha. É claro que esse número vai aumentar ainda mais com a liberação da pista", declarou Jorge Araújo, administrador de Fernando de Noronha.
O executivo esclareceu que em nenhum momento Fernando de Noronha esteve fechado e que o arquipélago deve se abrir ainda mais para receber os turistas nessas festas de final de ano. "O que houve foi uma grande desinformação. O nosso aeroporto nunca fechou. Apenas está passando por uma obra emergencial, que já está com mais de 60% pronta e a previsão de entrega é para o dia 30 de novembro. No final do mês, a Anac vai realizar uma nova vistoria na pista e, dependendo do relatório, voltaremos a receber voos de aeronaves a turbojatos. Mas o turista pode ficar tranquilo para viajar aqui para Noronha nesse final de ano, que todos serão atendidos quanto a malha aérea", garantiu Jorge Araújo.
Apesar dessa retomada progressiva do turismo, Milton Luna, Conselheiro Distrital de Fernando de Noronha, explicou todos os setores da ilha acabaram sendo afetados nesse último mês. "Tivemos uma queda grande porque só a Azul está voando. A GOL não está fazendo mandando voos para cá. Então, perdemos dois voos diários com cada um deles transportando mais de 100 passageiros. Todo mundo teve um pouco de prejuízo... O donos de pousadas, os guias turísticos, empresários de bares e restaurantes. Mas ainda bem que estamos retornando a normalidade", comemorou o Conselheiro Distrital (cargo que equivale a de um vereador do arquipélago).
Dias difíceis com os cancelamentos
Assim que a Anac proibiu aviões turbojatos de pousarem no aeroporto de Fernando de Noronha, muitos voos foram cancelados e sem remarcação prévia. Caso dos passageiros que compraram pela GOL. Entretanto, o cancelamento se estendeu às reservas de hotéis, passeios turísticos, mergulhos, etc. "Como a GOL abandonou os passageiros que tinham comprado as passagens com antecedência e fizeram suas reservas de hospedagem e pacotes na ilha, a gente teve muita situação de devolver o dinheiro do turista. Eu não tive muito prejuízo, mas conheço amigos que tiveram de devolver entre R$ 40 mil a R$ 50 mil de pacotes que os turistas comparam e não foram por conta da falta de voo", contou Moisés Souza, guia de passeios turísticos.
"Com a proximidade da reabertura da pista do nosso aeroporto para receber novamente aviões turbojatos, vamos tentar recuperar nesse final de ano o prejuízo que tivemos", desejou Moisés Souza.
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