Olinda apresenta proposta de convênio à Polícia Militar para reforçar policiamento no Sítio Histórico

Cidade Alta viveu onda de assaltos no fim de 2022; moradores utilizaram pano preto nas fachadas em protesto à violência
Carol Guerra
Publicado em 22/06/2023 às 10:15
SÍTIO HISTÓRICO DE OLINDA // DEPREDAÇÃO DO SÍTIO HISTÓRICO DE OLINDA ÀS VÉSPERAS DO CARNAVAL // OLINDA ALTA. NA FOTO: ALTO DA SÉ, BANCOS DE CONCRETO QUEBRADOS Foto: BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM


A Prefeitura de Olinda entregou uma proposta de convênio à Companhia Independente de Apoio ao Turista (CIAtur), da Polícia Militar, para reforçar policiamento no Sítio Histórico de Olinda. 

A gestão municipal informou que assumirá o compromisso de custear o pagamento de policiais militares no Programa de Jornada Extra no Sítio Histórico da cidade. A medida foi assinada durante reunião com o prefeito Professor Lupércio, na noite desta segunda-feira (19).

Ainda de acordo com a  prefeitura de Olinda, a iniciativa da gestão municipal busca incentivar a presença do policiamento nas ruas da Cidade Alta e cobrar o aumento do efetivo policial na cidade. 

"Estamos firmando esse acordo de intensificar o monitoramento de policiais militares 24h, de domingo a domingo, e mais uma guarnição ativada com trio de motociclistas da PM a partir das 16h para fazer rondas. Além disso, a gestão está investindo em mais câmeras de segurança”, declarou o secretário de Segurança Cidadã, Cel. Pereira Neto. 

BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM - SÍTIO HISTÓRICO DE OLINDA // DEPREDAÇÃO DO SÍTIO HISTÓRICO DE OLINDA ÀS VÉSPERAS DO CARNAVAL // OLINDA ALTA. NA FOTO: ARQUIVO PÚBLICO NA RUA DE SÃO BENTO

Crimes no Sítio Histórico

No fim de 2022, uma onda de assaltos tomou o Sítio Histórico de Olinda. De acordo com a Polícia Civil, na época, em trinta dias, a Polícia Civil concluiu e remeteu ao Ministério Público de Pernambuco três inquéritos policiais sobre crimes patrimoniais no Sítio Histórico. Outros casos registrados na Delegacia do Varadouro seguem em apuração.

"Olinda vem se tornando uma pequena cracolândia. No início da noite, as pessoas em vulnerabilidade que vivem nesses locais, vão ao Sítio Histórico e começam a entrar nas casas. O que a gente enxerga é que não existe política de habitação, de assistência continuada, nem de redução de danos no município para atender essas pessoas. Há uma falta de planejamento da gestão, que não passa só pela questão de segurança. Eu tive a minha casa furtada oito vezes", afirmou Eugênia Lima, conselheira da sociedade olindense de defesa da Cidade Alta (SODECA), em debate na Rádio Jornal. 

Na época, a Polícia Civil explicou à coluna Ronda JC que, em geral, os assaltos no Sítio Histórico são praticados por pessoas em situação de rua "e, pelos crimes cometidos serem considerados de menor potencial ofensivo, conforme o Código Penal Brasileiro, terminam voltando às ruas e praticando novamente os mesmos delitos".

"Tivemos um aumento no número de chamados de furtos à residências. Detectamos esse aumento da incidência porque temos canais de comunicação diretas com os moradores, onde eles colocam as suas demandas. Isso é importante porque o retorno acontece mais rápido. Por isso, até lançamos viaturas extras no horário das 22h às 6h, período crítico desse horário de furto", explicou o coronel Fred Saraiva, diretor-adjunto da Secretaria de Planejamento Operacional da Polícia Militar de Pernambuco, na Rádio Jornal. 


TAGS
pernambuco olinda violência
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory