Procissão encerra festa de Nossa Senhora do Carmo e emociona milhares de fiéis no Recife

Neste domingo (16), milhares de fiéis se reuniram, no Centro do Recife, para festejar o apogeu da 327ª edição da festa em homenagem à Nossa Senhora do Carmo, copadroeira da cidade e também carinhosamente conhecida como a Mãe do Carmelo. 

A comemoração, que começou no último dia 6, chegou ao fim neste dia oficial da padroeira (16). Foi celebrada uma série de missas em três locais: dentro da Basílica do Carmo, no claustro da Basílica e na igreja da Ordem Terceira. 

A missa solene na Basílica foi realizada às 10h e presidida por dom Luís Gonzaga Pepeu, bispo emérito de Vitória da Conquista, na Bahia.

A tradicional missa campal, no Pátio do Carmo, ponto alto da festa, foi celebrada às 16 horas. Presidida pelo administrador apostólico da Arquidiocese de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, a celebração lotou o pátio com milhares de fiéis. 

Após a missa campal, a tão esperada procissão com a venerável imagem peregrina de Nossa Senhora do Carmo percorre principais avenidas do Centro do Recife.

A novidade deste ano foi que, ao final da procissão, quando a imagem peregrina de Nossa Senhora do Carmo chegou de volta à Basílica, foi conduzida para um outro andor e saiu em carreata até a Igreja do Carmo, em Olinda, para início da festa.

HISTÓRICO

Quase um século depois de os primeiros frades carmelitas terem chegado ao Brasil em 1580, dando início à construção do Convento do Carmo de Olinda, em 1654, a Ordem do Carmo se estabeleceu no Recife, com as obras de construção do Convento e da Igreja do Carmo do Recife, iniciadas em 1665 pelo Capitão Diogo Cavalcanti Vasconcelos.

Em 1687, o Palácio da Boa Vista, erguido por Maurício de Nassau, foi doado à Ordem e foi integrado ao complexo da Basílica e do Convento.

Em 1767, a Igreja Nossa Senhora do Carmo de Recife foi concluída.

Em 1909, a Virgem do Carmo foi declarada como Padroeira Secundária do Recife e, em 1917, o Papa Bento XV elevou a Igreja Nossa Senhora do Carmo à dignidade de Basílica Menor, sendo agregada à Basílica Maior de São Pedro, na Santa Sé, Estado do Vaticano.

No ano de 1938, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tombou o complexo da Basílica e do Convento do Carmo.