O Hospital da Restauração (HR) informou na manhã deste sábado (23/9) que não poderá mais repassar informações sobre o estado de saúde de Dávine Muniz, a mulher de 34 anos que foi ‘arremessada’ de um brinquedo do Parque Mirabilândia, localizado em Olinda, na Região Metropolitana do Recife.
A vítima está em estado grave na unidade de saúde, localizada no Derby, área central do Recife, para onde foi levada pelo Samu com um quadro de traumatismo craniano grave e fratura dos membros. As informações extraoficiais são de que o estado de Dávine Muniz é gravíssimo, sem condições sequer de ser submetida a uma cirurgia.
O caso aconteceu na tarde de sexta-feira (22). A mulher estava no brinquedo "Wave Swinger", um balanço de cadeiras nas alturas, que gira em velocidade, quando, após duas voltas, foi lançada ao chão. A queda teria sido equivalente a uma altura de 12 metros.
No “Wave Swinger”, as pessoas ficam sentadas em balanços presos por correntes a um estrutura que gira. As cadeiras são individuais e sobem até a altura de 12 metros. Todo acidente foi registrado por pessoas que assistiam à brincadeira e o estrondo do impacto da cadeira com a vítima caindo no chão impressiona.
CONFIRA o registro da queda (mas atenção, as imagens são fortes):
O acidente ocorreu no brinquedo Wave Swinger, em que as pessoas ficam sentadas em balanços presos por correntes a um estrutura que gira. As cadeiras são individuais e sobem até a altura de 12 metros. Apesar da ocorrência, o Mirabilândia continua funcionando.
A mulher, com quadro de traumatismo cranioencefálico (TCE) grave e possível fratura de membros superiores, recebeu os primeiros socorros no Mirabilândia, pelos socorristas do Samu, e foi transferida para o Hospital da Restauração (HR).
Em nota, a assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde do Recife diz que, assim que o Samu foi acionado para a ocorrência, "foram deslocadas para o local uma ambulância de suporte avançado (USA) e quatro motolâncias".
"O parque Mirabilandia lamenta o acidente ocorrido na tarde desta sexta-feira (22) e suspendeu preventivamente as atividades da atração Wave Swinger para uma revisão (...) Uma usuária que estava no brinquedo recebeu imediato atendimento após o acidente que provocou uma queda, o que foi feito prontamente pela equipe de brigadistas de plantão, e foi levada ao hospital, tendo todo suporte necessário pelo parque”, disse a nota enviada pela assessoria de imprensa do Mirabilândia.
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PARQUE SEGUIU FUNCIONANDO APESAR DA GRAVIDADE DO ACIDENTE, ATÉ SER INTERDITADO PELO PROCON
Apesar da gravidade do acidente, o Mirabilândia continuou funcionando na tarde e início da noite de sexta-feira, e só encerrou as atividades porque foi interditado pelo Procon-PE. Isso aconteceu por volta das 21h.
O Procon-PE estabeleceu prazo de cinco dias para apresentar um relatório contendo a manutenção periódica de todos os brinquedos instalados no parque, além de cópia da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) de cada brinquedo, da cópia do Atestado de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) válido e, também, da licença de funcionamento emitida pelos órgãos competentes.
FAMÍLIA REVOLTADA COM O CASO
Apesar da decisão da família da vítima de desautorizar o HR a informar o estado de saúde, logo após o caso o pai de Dávine Muniz conversou com a imprensa e verbalizou o desespero e a revolta que estava sentindo. José Leandro ainda estava incrédulo com o acidente da filha.
"Por volta das 17h, o filho de uma vizinha me informou que a minha filha tinha sofrido um acidente no Mirabilândia, que tinha sido socorrida para o HR e que o estado era muito grave. Na hora eu e minha esposa nos desesperamos. Não tinha condições de dirigir e meu irmão que nos trouxe. Chegamos aqui e ninguém nos deu informação alguma. Tudo o que sabemos foi através de pessoas que estavam lá e da mídia", contou o pai da vítima.
"Quem é pai e tiver a infelicidade de acontecer o que está acontecendo comigo agora é desesperador. É terrível. É difícil até de externar o que estou sentindo. Só espero a providência divida", desejou José Leandro.
BRINQUEDO NÃO APARENTAVA PROBLEMAS, DIZ TESTEMUNHA DA QUEDA
Uma amiga da vítima, que não quis se identificar, mas que estava no mesmo brinquedo na hora do acidente, relatou o que aconteceu minutos antes da fatalidade.
"Não tinha nem 30 minutos que a gente tinha chegado ao parque. Fomos primeiro para a montanha-russa, mas eu nem entrei porque não me sinto confortável. Depois fomos nesse brinquedo. Subimos, o funcionário fechou a trava de segurança e, antes mesmo de completar duas voltas, aconteceu o acidente. Eu escutei um primeiro barulho e olhei para trás, mas vi minha amiga lá. Em seguida, escutei um estrondo maior, mas nem me dei conta que era ela que tinha caído", relatou a amiga da vítima, em entrevista à reportagem da TV Jornal.
Ainda segundo a testemunha do acidente, ela não encontrou nada suspeito no brinquedo.
"Confesso que nada me chamou atenção. Até porque, tinha acabado de sair um pessoal do brinquedo antes da gente. Não tinha nada aparentemente deteriorado, que mostrasse algo suspeito. Inclusive, a minha escolha por ir nesse brinquedo foi por considerá-lo mais seguro", acrescentou.
Confira a nota do Mirabilândia:
"O parque Mirabilandia lamenta o acidente ocorrido na tarde desta sexta-feira e suspendeu preventivamente as atividades da atração Wave Swinger para uma revisão completa no equipamento, que passa por manutenção periódica recomendada pelo fabricante.
Uma usuária que estava no brinquedo recebeu imediato atendimento após o acidente que provocou uma queda, o que foi feito prontamente pela equipe de brigadistas de plantão, e foi levada ao hospital, tendo todo suporte necessário pelo parque.
As causas do acidente estão sendo apuradas por uma equipe técnica habilitada, e o parque fica à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos."
Confira a nota divulgada pelo HR:
"O Hospital da Restauração (HR) explica que cada setor tem um horário específico para visitação. O Serviço Social realiza o acolhimento e repassa essas orientações aos familiares. No início deste ano, houve ampliação dos horários de visita em algumas áreas, para contemplar, por exemplo, as pessoas que não conseguem comparecer dentro do horário comercial.
O HR informa ainda que, a pedidos da família, não pode repassar o quadro de saúde da paciente para a imprensa".