Preocupados com o meio ambiente e com o futuro do nosso planeta, alunos de uma escola particular do Recife desenvolveram para a apresentação na feira de ciências, um protótipo de um barco movido a energia solar. Ou seja, sem a necessidade de utilização de óleo diesel, que é combustível fóssil e agride os rios e todo seu ecossistema.
O professor Ary Júnior, que acompanhou o desenvolvimento do projeto, explicou como surgiu a ideia até chegar o resultado. "A gente estudou o Rio Capibaribe, a importância, a história e todo o seu contexto para a Região Metropolitana e para o estado de Pernambuco no geral. Quando analisamos esse objeto de pesquisa, a gente percebeu que um dos temas que era muita discutido era em relação a navegabilidade. Como tornar o rio navegável", contou o professor.
"E nisso vimos que o rio, para ser navegado, tem uma série de questões ambientais que precisam ser tratadas e a gente precisava desenvolver um projeto que discutisse a navegabilidade, mas que trouxesse um barco que não degradasse o rio. Então, desenvolvemos o Eco Capibaribe, que é um protótipo de um barco movido a energia solar, diferentemente dos atuais barcos que navegam no Capibaribe, como o Catamarã e os barcos dos pescadores... Movidos a óleo diesel e, consequentemente, esse óleo acaba sendo depositado direta e indiretamente no leito do rio", explicou Ary Júnior.
Poder Público
Com a proposta de priorizar cada vez mais a energia verde, o projeto foi apresentado ao poder público para, quem sabe, ser colocado em prática. "Apresentamos à Comissão de Meio Ambiente da Câmara de Vereadores do Recife e também ao prefeito João Campos. Entregamos um Projeto de Lei que está em tramitação na Câmara Municipal para que tenhamos a atualização e a modernização dos barcos, em especial, o catamarã, que sai ali do Marco Zero se tornaria um barco de ecoturismo", declarou Ary Júnior.
A ideia é que o catamarã utilizado para mostrar as belezas da capital pernambucana seja ecologicamente sustentável. "Esperamos que esse protótipo possa ser produzido numa parceria da Prefeitura do Recife e da iniciativa privada, pois iria trazer essa sustentabilidade de navegar pelos nossos rios sem depositar óleo em seus leitos, preservando o meio ambiente", frisou o professor.