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Bolsonaro diz que não vai convocar médicos cubanos para trabalhar na pandemia do coronavírus

Na coletiva, o presidente também falou sobre não ter fechado a fronteira com os Estados Unidos

Alice Albuquerque
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Publicado em 20/03/2020 às 17:14 | Atualizado em 20/03/2020 às 17:48
SERGIO LIMA/AFP
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) - FOTO: SERGIO LIMA/AFP

Em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto nesta sexta-feira (20), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) explicou que não está convocando médicos cubanos do programa Mais Médicos, por meio do Ministério da Saúde, para auxiliar no controle da pandemia do novo coronavírus, o covid-19. Na ocasião, o presidente da República também falou que "temos que buscar um ponto de equilíbrio" em relação aos Estados Unidos ter ficado de fora da portaria n° 125 do fechamento da fronteira do Brasil com outros oito países da América do Sul, por motivos relacionados ao coronavírus.

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O presidente relatou que, durante a campanha eleitoral, ele disse que "se porventura o cubano ficasse no Brasil, eu daria asilo". "Não é isso. O que conversei com Mandetta (ministro da Saúde) foi que eles vão poder exercer a mesma coisa que faziam aqui no governo anterior, se quiserem ser voluntários, mas vão ter que se submeter a provas".

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Bolsonaro afirmou que o País não pode "convocar médico de outros Países", e que o contingente de médicos do Brasil "me parece que é o suficiente". "Agora, se o Mandetta achar que podemos abrir espaço para outros médicos, ele tem que estar qualificado. Esses que estamos aceitando aqui são os que estão no Brasil, que são um pouco mais de dois mil. Ninguém está buscando em Cuba médico nenhum, até porque se eles fossem tão bons assim, se a formação fosse tão boa, teríamos médicos cubanos aqui na frente das pesquisas de grandes hospitais, e não temos. Esses cubanos são, nada mais, nada menos, do que um objeto de venda por parte do governo cubano. Governo, não. Ditadura cubana", atacou.

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Quanto ao fechamento da fronteira do Brasil com oito Países para tentar frear a disseminação do coronavírus, e os Estados Unidos não estarem incluídos na portaria, Bolsonaro defendeu que "a intenção não é privilegiar esse ou aquele País" e relativizou a pandemia do coronavírus. "Não há, no meu entender, esse aumento que está sendo falado por aí. Nós precisamos de algum contato de fora e agora, as próprias empresas aéreas estão parando. De acordo com o percentual de passageiros, as viagens não são lucrativas".

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O chefe de Estado informou, ainda, que foi assinada uma Medida Provisória (MP) "para buscar socorro para as linhas aéreas". "Fica muito mais caro se elas quebrarem. Precisamos dar esse socorro agora, porque elas demitindo, vão ter que pagar os encargos trabalhistas e do lado de cá (do governo), nós, com o seguro desemprego. É mais caro para todo mundo e temos que buscar um ponto de equilíbrio", disse.

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Por recomendações técnicas e fundamentada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por motivos sanitários relacionados aos riscos de contaminação e disseminação do coronavírus, o Brasil fechou fronteira com a Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana Francesa, República Cooperativa da Guiana, Paraguai, Peru e Suriname, e as fronteiras terrestres do Uruguai.

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