O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que o Congresso deveria adiar as eleições municipais deste ano, marcadas para outubro, para conter o avanço do novo coronavírus no País. O comentário foi feito durante reunião por videoconferência com prefeitos de capitais, neste domingo (22).
Para Mandetta, a disputa eleitoral pode comprometer o foco dos gestores e causar uma "tragédia". "Faço aqui até uma sugestão. Está na hora de o Congresso falar: 'adia', faz um mandato desses vereadores e prefeitos. Eleição no meio do ano... uma tragédia, por que vai todo mundo querer fazer ação política", disse.
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O ministro fez o comentário em resposta a um dos prefeitos que mencionou dificuldades políticas com outros atores da região para adotar algumas medidas de contenção.
"Não é hora de falar sobre isso", cortou o prefeito de Campinas, Jonas Donizette, presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP). Em seguida, foi dada a palavra a um outro gestor, e não se tocou mais no assunto.
Desde que se intensificaram as consequências da pandemia, líderes do Congresso começaram a falar na possibilidade de adiar o pleito que escolherá os novos prefeitos e vereadores.
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Rodrigo Maia discorda sobre adiamento
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), discordou nesta domingo da necessidade imediata de se discutir o adiamento das eleições municipais, agendadas para outubro. Para ele, o debate deve ficar para depois, ante a necessidade de enfrentamento da pandemia da covid-19 e da consequente crise sanitária e econômica no País.
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O presidente da Câmara afirmou que entende que não haverá necessidade de adiar o pleito de prefeitos e vereadores, caso as projeções de seu correligionário, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, estejam corretas. O ministro previu um aumento das infecções em abril, maio e junho, seguido de estabilização em julho e agosto e decréscimo da curva em setembro.
"Se a projeção na curva de contaminação do ministro Mandetta estiver certa, não haverá necessidade de adiar a eleição", avaliou Maia.
O deputado ainda lembrou que o ministro Luís Roberto Barroso, que será presidente do Tribunal Superior Eleitoral a partir de maio, se manifestou contrário à ideia.
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