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Por conta do coronavírus, advogados pedem ao Ministério Público que Bolsonaro faça teste de sanidade

De acordo com a representação, as atitudes do presidente parecem "configurar grau de desorientação e confusão psíquica", diz site

Bruna Oliveira
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Bruna Oliveira
Publicado em 22/03/2020 às 14:54 | Atualizado em 22/03/2020 às 15:16
SERGIO LIMA/AFP
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) - FOTO: SERGIO LIMA/AFP

Um grupo de advogados solicitou nesse sábado (21) ao Ministério Público Federal do Distrito Federal (MPF-DF) que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) seja considerado incapaz para atos da vida civil. A informação é do Congresso em Foco.

Segundo o veículo, o grupo intitulado de "Advogados pela Democracia" pede para que seja feita uma avaliação psiquiátrica no presidente. O motivo para a ação é a atuação de Jair Bolsonaro em relação à pandemia do novo coronavírus. O site também informa que, de acordo com a representação, as atitudes do presidente parecem "configurar considerável grau de desorientação e confusão psíquica", além das declarações desencontradas sobre o resultado do teste de confirmação para a covid-19.

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"Ante o exposto, requer-se seja apreciada a presente representação, na perspectiva de que o MPF/DF, no exercício de sua legitimidade constitucional e legal, proponha ação judicial destinada à interdição do representado, com pedido de constituição imediata e urgente de uma Junta Médica para a sua avaliação psiquiátrica, que possa embasar, se necessário, a sua interdição e a designação um curador, diante de sua incapacidade para o exercício dos atos da vida civil, mormente o exercício do cargo para o qual foi eleito e empossado", diz trecho da solicitação divulgado pelo Congresso em Foco.

"Depois da facada, não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar"

Depois falar em "histeria" e "fantasia" nos últimos dias, na sexta-feira (20), o presidente Jair Bolsonaro classificou a covid-19 como uma "gripezinha" em entrevista coletiva.

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"Depois da facada, não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar. Tá ok? Se o médico ou o Ministério da Saúde recomendar um novo exame, eu farei. Caso contrário, eu me comportarei como qualquer um de vocês aqui",disse o presidente ao ser questionado por jornalistas se faria um novo exame de coronavírus.

Bolsonaro, familiares e auxiliares que o acompanharam em viagem aos Estados Unidos, há pouco mais de uma semana, estão sendo monitorados e examinados depois da confirmação integrantes da comitiva testaram positivo para o novo coronavírus. O presidente já fez dois testes, que deram negativo para a doença.

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