Rodízio

João da Costa faz apelo ao governador para isentar motoristas de app do rodízio

Governo do estado decretou medidas de endurecimento do isolamento social, entre elas, a do rodízio de carros no estado

Gabriela Carvalho
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Publicado em 19/05/2020 às 12:17 | Atualizado em 19/05/2020 às 12:22
ANDERSON BARROS/CÂMARA DO RECIFE
O ex-prefeito do Recife, João da Costa - FOTO: ANDERSON BARROS/CÂMARA DO RECIFE

O vereador do Recife João da Costa (PT) fez um apelo ao governador Paulo Câmara (PSB) para isentar os motoristas de aplicativo do rodízio estabelecido na quarentena forçada, nos cinco municípios da Região Metropolitana.

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Durante sessão remota da Câmara Municipal, o petista disse ser favorável ao isolamento mais rígido, elogiou os índices obtidos pelas cidades em quarentena, mas lamentou que os motoristas não foram incluídos no decreto governamental como serviço essencial à população. Segundo ele, essa categoria não são acobertados por direitos trabalhistas, são precarizados e não tiveram acesso ao auxílio emergencial por decisão do governo federal.

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“Essa categoria ficou de fora da quarentena, pois foram enquadrados no rodízio de carros pelo número da placa. Mas, eles prestam um serviço igual ao do táxi. Porém, não foram tratados da mesma forma”, argumentou João da Costa.

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“A categoria não tem rendimento, dependendo exclusivamente do trabalho. Se rodam, geram renda. Se não, não tem. Com o decreto, eles estão restritos para trabalhar. Por isso, entendemos que eles deveriam ser liberados como os taxistas o são”, completou o vereador.

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Os vereadores Almir Fernando (PCdoB) e Ivan Moraes (PSol) apoiaram o pleito de João da Costa em favor dos motoristas de aplicativo. Almir reforçou o pedido para que os profissionais “tenham a mesma isonomia que foi dada aos taxistas na questão do rodízio de carros”. Já Ivan apontou que deveria “fazer um rodízio por placas, mas ser um rodízio baseado no fundamento da necessidade, no objeto do deslocamento, no destino”.

Recursos para a pandemia

Outro tema abordado por João da Costa foram os questionamentos das despesas emergenciais que a Prefeitura do Recife tem realizado no plano de contingência de enfrentamento à Covid-19.

“A discussão está sendo apresentada como se houvesse malversação do dinheiro público. As pessoas estão partindo do pressuposto de que há roubo de recursos e, a partir dessa suposição, estão fazendo o debate. É uma forma oportunistas de tratar a questão em tempos de eleição”, observou João da Costa.

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Ele afirmou que não dá para comparar os gastos de uma cidade com os de outra, como vem se dando no caso do Recife. Enquanto a Prefeitura do Recife empenhou R$ 619 milhões para pandemia, a de São Paulo empenhou R$ 287 milhões.

"Eu vejo muita gente comentar que São Paulo gastou cerca de R$ 200 milhões, enquanto que o Recife deve gastar cerca de R$ 600 milhões. Isso induz na cabeça do povo que aqui está tendo roubo. Mas a questão é: São Paulo diz ter gastado R$ 200 milhões na pandemia, mas isso pode estar acontecendo por negligência do prefeito paulista e não por irresponsabilidade do prefeito do Recife. Essa é a discussão que a Câmara tem que levantar", enfatizou João da Costa.

"Se têm denúncias objetivas, vamos investiga-las, mas não vamos fazer o discurso eleitoreiro induzindo as pessoas que aqui está se gastando mal", reagiu o parlamentar.

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