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STF pede para PGR avaliar se Zambelli cometeu tráfico de influência

Notícia-crime foi apresentada por parlamentares do PT, a partir da conversa da deputada com o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro

JC
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Publicado em 26/05/2020 às 14:48 | Atualizado em 26/05/2020 às 15:25
Filipe Jordão/JC Imagem
Zambelli se pronunciou em suas redes sociais - FOTO: Filipe Jordão/JC Imagem

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, pediu para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre uma notícia-crime apresentada por parlamentares do PT contra a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP). A PGR não tem prazo para se manifestar sobre a notícia-crime.

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Os parlamentares acusam a deputada de ter cometido o crime de tráfico de influência e de advocacia administrativa. Nesta semana, ela também chegou a antecipar a operação da PF contra governadores.

O pedido dos petistas foram apresentados ao STF dias após o pedido de demissão do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, acusando o presidente da República de tentativas de interferência na PF.

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A ação é baseada na troca de mensagens de Zambelli com Moro, ela pedia que Moro aceitasse a troca que o presidente queria e, em troca, ela conseguiria convencê-lo a colocar o ex-ministro no STF. "Eu me comprometo a ajudar a fazer o JB prometer", em resposta, Moro disse não estar "à venda".

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Os petistas avaliam que a afirmação de Zambelli "configura ato potencialmente ilegal", pela promessa da vaga no STF em troca da mudança na PF. O que, para eles, demonstrou que a deputada agiu como "intermediadora de interesses".

No entanto, a notícia-crime não participa do inquérito que investiga a acusação de Moro contra Bolsonaro. Os acusadores também mencionam outro diálogo sobre as investigações contra o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Para eles, as conversas "revelam um uso inadequado do cargo de parlamentar federal para a realização de interesses pessoais, bem como aproveitando de suas relações para conseguir manobrar as suas vontades junto à administração federal".

 

Interferência da operação da PF contra governadores

 Carla Zambelli antecipa operação da PF contra governadores e políticos falam em interferência

Um dia antes da operação da Polícia Federal na residência do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), a deputada Carla Zambelli (PSL) teria feito um alerta que "alguns governadores" estavam na mira da PF em investigações sobre suspeitas irregularidades na área da Saúde.

“A gente deve ter nos próximos meses o que a gente vai chamar talvez de de ‘covidão’, ou não sei como é o nome que eles vão dar. Mas já tem alguns governadores sendo investigados pela Polícia Federal”, disse Zambelli em entrevista aos jornalistas David Coimbra, Kelly Matos e Luciano Potter, na Rádio Gaúcha, nessa segunda-feira (26).

Alguns parlamentares chegaram a questionar e criticas como a deputada teve acesso a informações sobre a Operação Placebo. O deputado federal pelo PSOL, Marcelo Freixo, chegou a falar que a deputada deve ser investigada por conta do "vazamento de informações".

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