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Bolsonaro recria Ministério das Comunicações e nomeia Fábio Faria, deputado do Centrão, como ministro

"Nesta data, via MP, fica recriado o Ministério das Comunicações a partir do desmembramento do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações", anunciou o presidente em uma rede social

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Publicado em 10/06/2020 às 22:52 | Atualizado em 11/06/2020 às 0:33
ISAC NÓBREGA/PR
Presidente anunciou recriação de ministério nesta quarta-feira (10) - FOTO: ISAC NÓBREGA/PR

Com agências

O presidente Jair Bolsonaro anunciou, na noite desta quarta-feira (10), em seu perfil em uma rede social, a recriação do Ministério das Comunicações a partir do desmembramento do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. De acordo com o presidente, o ministro será o deputado Fábio Faria (PSD-RN), que integra o Centrão e está no quarto mandato. Marcos Pontes continuará à frente do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações.

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A escolha pelo deputado Fábio Faria ocorre em meio à aproximação do presidente com o Centrão, bloco informal da Câmara formado por Progressistas, PL, Republicanos, PTB, Solidariedade, DEM e PSD, para ganhar apoio no Congresso.

LUIS MACEDO/CÂMARA DOS DEPUTADOS
Deputado Fábio Faria (PSD-RN) - LUIS MACEDO/CÂMARA DOS DEPUTADOS

"Nesta data, via MP, fica recriado o Ministério das Comunicações a partir do desmembramento do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Para a pasta foi nomeado como titular o deputado Fábio Faria/RN", disse o presidente na publicação.

De acordo com o Palácio do Planalto, o novo ministério não aumentará despesas do governo. "Sem nenhum aumento de despesa, utilizando apenas de cargos de estruturas já existentes, o presidente da República recriou o Ministério das Comunicações", diz nota.

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Aproximação com o Centrão

Bolsonaro tenta agradar o Centrão para barrar um eventual processo de impeachment. Nas últimas semanas, o governo nomeou o chefe de gabinete do senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI), Marcelo Lopes da Ponte, para a presidência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que tem um orçamento de R$ 29,4 bilhões neste ano.

Em uma parceria entre militares e políticos do Centrão, o governo federal trocou o comando da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e nomeou, no dia 29 de maio, o comandante da Polícia Militar de Minas Gerais, coronel Giovanne Gomes da Silva, para a presidência do órgão. O nome foi uma indicação do deputado Diego Andrade (PSD-MG), em negociação capitaneada pelo presidente da sigla, o ex-ministro Gilberto Kassab.

Arnaldo Correia de Medeiros foi nomeado como novo secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. A nomeação foi assinada pelo ministro chefe da Casa Civil, Walter Souza Braga Netto, e publicada no "Diário Oficial da União" de 5 de junho. O nome de Arnaldo Correia foi indicado pelo líder do PL na Câmara, Wellington Roberto (PB)

Bolsonaro também já entregou o comando do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) ao Progressistas e a secretaria de Mobilidade Urbana do Ministério do Desenvolvimento Regional ao PL.

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Deputado Fábio Faria (PSD-RN) - FOTO:LUIS MACEDO/CÂMARA DOS DEPUTADOS

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