Com informações do G1 e Estadão Conteúdo
Após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter decretado bloqueio internacional das contas de bolsonaristas no Facebook, a rede social afirmou, nesta sexta-feira (31), que irá recorrer da decisão. Na véspera, o Twitter, que também foi alvo da decisão, já havia declarado que iria recorrer.
"Respeitamos as leis dos países em que atuamos. Estamos recorrendo ao STF contra a decisão de bloqueio global de contas, considerando que a lei brasileira reconhece limites à sua jurisdição e a legitimidade de outras jurisdições", declarou o Facebook.
Por determinação do ministro Alexandre de Moraes do STF, as contas saíram do ar no Brasil na semana passada, mas os influenciadores mudaram as configurações de localização e continuaram a publicar mensagens sem embargos. Após a nova decisão do STF, o Facebook não informou se iria realizar ou não os bloqueios das contas, diferente do Twitter, que acatou a decisão.
O bloqueio temporário foi determinado pelo ministro no âmbito do inquérito das fake news, que apura notícias falsas, ofensas e ameaças contra autoridades, e se estendeu também ao Facebook e Instagram. A medida foi justificada pela necessidade de "interromper discursos criminosos de ódio" e solicitada ainda em maio, quando apoiadores do governo foram alvo de buscas em operação da Polícia Federal.
Entre os perfis suspensos estão o do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), dos empresários Luciano Hang e Otávio Fakhoury, da extremista Sara Giromini, dos blogueiros Allan dos Santos, Bernardo Kuster e Winston Lima, do humorista Reynaldo Bianchi, do militante Marcelo Stachin, do assessor do deputado estadual de São Paulo Douglas Garcia (sem partido) e pré-candidato a vereador pela capital Edson Pires Salomão e de outros aliados do presidente Jair Bolsonaro.