SEQUESTRO

"Pediram senhas de cartão e ameaçaram matá-lo", diz irmão do vice-prefeito de Olinda sobre sequestro

De acordo com o irmão do vice, a família acionou a polícia assim soube do sequestro

Thalis Araújo
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Thalis Araújo
Publicado em 19/08/2020 às 1:05 | Atualizado em 19/08/2020 às 10:20
REPRODUÇÃO
O vice-prefeito de Olinda, Márcio Botelho (SD), foi vítima de um sequestro - FOTO: REPRODUÇÃO

Atualizada às 10h14, de 19 de agosto

Depois que o roubo ao vice-prefeito de Olinda, Márcio Botelho (SD), foi finalizado, já pela madrugada desta quarta-feira (19), o irmão dele, André Botelho, conversou com o Jornal do Commercio e explicou um pouco sobre a ação. Segundo Botelho, os criminosos pediram senhas de cartão e chegaram a ameaçar matar o vice. "Eles queriam senhas, dinheiro e ameaçaram matá-lo", disse.

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Durante a ação, não houve contato com a família do vice-prefeito de Olinda. "Não deu tempo (de entrarem em contato), porque a gente acionou a polícia e foi atrás de carro. Eles se assustaram com alguma coisa, porque estávamos muito próximos, já que o carro de Márcio tem localizador. Eles estavam encapuzados. Agrediram meu irmão, mas terminaram correndo", detalhou André.

Finalizado

Por volta da 0h, o secretário de Segurança Urbana de Olinda, coronel Pereira Neto, informou que Márcio havia sido deixado em Prazeres, Jaboatão dos Guararapes, RMR, nas proximidades da fábrica da Vitarella. 

Inicialmente, a informação repassada pelo secretário era de que Márcio havia sido vítima de sequestro. No entanto, o delegado responsável pelo caso, Paulo Berenguer, do Grupo de Operações Especiais (GOE), afirmou se tratar de um roubo.

"Nesse caso, pelas características, o objetivo era roubar a Fiat Toro e eles seguiram na execução do crime até o fim, então o objetivo foi configurado como roubo triplamente qualificado pelo uso da arma de fogo, restrição de liberdade da vítima e pelo concurso de duas ou mais pessoas", explicou o delegado. Um dos quatro suspeitos foi preso em flagrante e vai responder também por resistência à prisão.

Márcio Botelho

Márcio Botelho contou os momentos de terror que passou durante o roubo de seu carro. "Fui abordado por três indivíduos, entraram me dando um soco e me pediram para deitar no chão do carro. Outro homem estava num Gol seguindo a gente e eles diziam que iriam me matar e perguntavam se era policial. Eu disse que sou advogado criminal, mas não falei da minha condição de vice-prefeito. Eles estavam dizendo que iam me matar e num momento pensei que iram me matar no carro", afirmou Márcio em entrevista à Rádio Jornal.

 

Suspeito é preso em Ipojuca

Com ajuda do monitoramento por GPS, a Polícia Militar perseguiu e interceptou o carro do vice-prefeito na PE-60, em Rurópolis, Ipojuca, no Grande Recife. Lá, prendeu um suspeito do crime. Uma praça da comunidade Rurópolis e uma casa na entrada de Ipojuca foram palco de uma chacina que teria sido motivada por disputa territorial para tráfico de drogas, no dia 9 de agosto. Cinco pessoas morreram e outras 12 ficaram feridas. A polícia investiga possível ligação entre o grupo e a facção Comando Vermelho.

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