As informações são da repórter Cinthya Ferreira, da TV Jornal
Uma chacina no município de Ipojuca, no Grande Recife, resultou na morte de cinco pessoas, três homens e duas mulheres, na noite desse domingo (9), e deixou outros 12 feridos. Entre estes, está uma criança de 11 anos. O crime aconteceu em dois lugares diferentes, em uma praça na comunidade Rurópolis e em uma casa localizada na entrada da cidade. A Polícia investiga possível ligação entre o grupo e a facção Comando Vermelho.
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Segundo a polícia, tinham cerca de 60 pessoas na praça quando os assassinos desceram de dois veículos por volta das 23h30, ordenando que ninguém corresse. No desespero, as pessoas correram e, então, os tiros foram disparados. Assim, Julio Cesar de Paula, Cinthia Maria de Souza e outra mulher, inicialmente identificada como Maria Barbosa da Silva, foram atingidos e morreram, enquanto outras 12 pessoas ficaram feridas.
"Chegaram do nada e disseram: 'ninguém corre', e atiraram para todo lado com pistolas de diversos calibres. Vieram a óbito dois no local, uma terceira pessoa foi socorrida para a UPA e faleceu, e outros doze ficaram feridos na localidade. Entre esses (feridos), um provavelmente vai morrer, segundo o médico plantonista do Dom Helder, com quem conversei mais cedo", disse o delegado Joaquim Braga.
Na praça, as marcas da violência estão por todos os lados. Tiros perfuraram portas de ferro e danificaram paredes. Ainda nesta manhã de segunda-feira (10), tinham cápsulas de pistola no local. Em um beco, havia sangue e uma pichação com as letras "CV", abreviação que remete ao Comando Vermelho, facção criminosa fundada no Rio de Janeiro.
Durante a fuga, os criminosos pararam os carros e executaram mais dois homens. "Empreenderam fuga para voltar para o Recife e, quando chegaram na lombada eletrônica de Ipojuca, subiram em um primeiro andar e executaram dois homens", revelou o delegado. As vítimas estavam sem documento, mas foram identificadas como Rinaldo Martins de Santa e Fernando José de Lima.
A Polícia Militar chegou a fazer perseguições. "Eles falaram para a gente que chegaram a derrapar, por causa da velocidade. Eles tentaram prender, mas infelizmente não conseguiram. Mas existem equipes no local para diligenciar e, se possível, prenderem flagrante e colocá-los à disposição da Justiça", afirmou Braga.
Por nota, a Polícia Civil de Pernambuco informou que "instaurou inquérito policial sobre o caso e se pronunciará ao final para não atrapalhar o andamento do procedimento policial."
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