Pesquisa Datafolha divulgada pelo jornal "Folha de S.Paulo", na noite dessa quinta-feira (13), aponta que o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), atingiu sua melhor avaliação desde o início do mandato.
De acordo com o levantamento, 37% consideram o governo ótimo/bom, 27% enxergam como regular e 34% avaliaram a gestão como ruim/péssima. Um por cento dos entrevistados não soube ou não respondeu.
A pesquisa foi realizada nos dias 11 e 12 de agosto, com 2.065 brasileiros por meio de telefone celular de todos os estados do Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Outro ponto de destaque na pesquisa é a acentuada queda na curva da rejeição do governo Bolsonaro comparando com a Datafolha de junho. Caiu de 44% para 34% o número de pessoas que o consideravam ruim e péssimo no período.
A melhor pontuação do presidente no Datafolha havia sido 33% de ótimo e bom, taxa registrada em duas pesquisas. Já a rejeição voltou ao patamar dos seis primeiros meses de mandato, em torno de 30%.
A pesquisa Datafolha aponta também que 41% nunca confiam no presidente, enquanto 22% sempre confiam e 35%, confiam às vezes. Em junho, esses índices estavam em 46%, 20% e 32%, respectivamente.
Bolsonaro inspira mais confiança entre homens, pessoas de 35 a 44 anos e quem ganha entre 5 e 10 salários mínimos. Já desconfiam mais do presidente mulheres, jovens e quem tem o ensino superior. No corte racial, o presidente é mais bem avaliado entre quem se declara branco ou amarelo (40%), oscilando para 37% entre pardos e caindo para 25% entre pretos.
Bolsonaro também viu sua rejeição cair de 52% para 35% na região Nordeste, na qual ainda mantém a pior avaliação: 33% de ótimo e bom, subida de seis pontos em relação a junho. A Folha de S. Paulo diz que a correlação com a distribuição do auxílio emergencial de R$ 600 é sugerida, ainda que não direta. Entre quem fez o pedido e o recebeu, 42% acham Bolsonaro ótimo e bom, ligeiramente acima da média geral. Só que 36% dos que não fizeram também acham isso.
O presidente também teve uma melhora de desempenho no Sudeste, região mais populosa do País. A aprovação subiu de 29% para 36%, enquanto a rejeição caiu de 47% para 39%. Continua sendo mais bem avaliado nos redutos do Sul e Norte/Centro-Oeste, onde atinge 42% de ótimo e bom. Uma das quedas mais significativas na rejeição ao presidente ocorreu entre os mais jovens (16 a 24 anos). Nesse grupo, o ruim e péssimo foi de 54% para 41%.