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O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), foi afastado do cargo, inicialmente por 180 dias, na manhã desta sexta-feira (28) após operação da Polícia Federal no Palácio das Laranjeiras, sede do governo e alvo de mandados de busca e apreensão. O afastamento foi determinado pelo Superior Tribunal de Justiça. (STJ). A operação ocorre devido a contratos suspeitos na saúde do Rio durante a pandemia do coronavírus. Assim, o vice Cláudio Castro assume o governo.
Não há ordem de prisão contra o governador. No entanto, o STJ expediu mandados de prisão contra o Pastor Everaldo, presidente do partido, e Lucas Tristão, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico. A primeira-dama do Rio, Helena Witzel, também é alvo de mandados de busca e apreensão.
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A defesa do governador disse receber com "grande surpresa" a decisão de afastamento por 180 dias do cargo de chefe do Executivo do Estado do Rio de Janeiro.
"A defesa do governador Wilson Witzel recebe com grande surpresa a decisão, tomada de forma monocrática e com tamanha gravidade. Os advogados aguardam o acesso ao conteúdo da decisão para tomar as medidas cabíveis", afirma nota divulgada na manhã desta sexta-feira, 28.
Em nota, a defesa de Wilson Witzel diz que a decisão "desrespeita a democracia". "Ministro Benedito (Gonçalves, do STJ) desrespeita democracia, afasta governador sem sequer ouvi-lo e veda acesso aos autos para defesa. Não se esperava tais atitudes de um Ministro do STJ em plena democracia".
Já a defesa de Pastor Everaldo disse que o presidente do PSC "sempre esteve à disposição das autoridades e reitera a sua confiança na Justiça".