Governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, é afastado do cargo pelo STJ

Operação da Polícia Federal ocorre na manhã desta sexta-feira (28)
JC
Publicado em 28/08/2020 às 6:23
Governador do Rio, Wilson Witzel (PSC) Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil


Matéria em atualização.

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), foi afastado do cargo, inicialmente por 180 dias, na manhã desta sexta-feira (28) após operação da Polícia Federal no Palácio das Laranjeiras, sede do governo e alvo de mandados de busca e apreensão. O afastamento foi determinado pelo Superior Tribunal de Justiça. (STJ). A operação ocorre devido a contratos suspeitos na saúde do Rio durante a pandemia do coronavírus. Assim, o vice Cláudio Castro assume o governo.

Não há ordem de prisão contra o governador. No entanto, o STJ expediu mandados de prisão contra o Pastor Everaldo, presidente do partido, e Lucas Tristão, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico. A primeira-dama do Rio, Helena Witzel, também é alvo de mandados de busca e apreensão.

>> Polícia Federal faz buscas contra primeira-dama do RJ e presidente da Alerj

Mandados de prisão

  • Pastor Everaldo, presidente do PSC;
  • Lucas Tristão, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico;
  • Sebastião Gothardo Netto, médico e ex-prefeito de Volta Redonda.

Mandados de busca e apreensão

  • contra a primeira-dama, Helena Witzel, no Palácio Laranjeiras;
  • contra André Ceciliano (PT), presidente da Assembleia Legislativa (Alerj);
  • desembargador Marcos Pinto da Cruz.

>> Defesa de Wilson Witzel recebe com "grande surpresa" afastamento do governador 

Notas de esclarecimento

A defesa do governador disse receber com "grande surpresa" a decisão de afastamento por 180 dias do cargo de chefe do Executivo do Estado do Rio de Janeiro.

"A defesa do governador Wilson Witzel recebe com grande surpresa a decisão, tomada de forma monocrática e com tamanha gravidade. Os advogados aguardam o acesso ao conteúdo da decisão para tomar as medidas cabíveis", afirma nota divulgada na manhã desta sexta-feira, 28.

Em nota, a defesa de Wilson Witzel diz que a decisão "desrespeita a democracia". "Ministro Benedito (Gonçalves, do STJ) desrespeita democracia, afasta governador sem sequer ouvi-lo e veda acesso aos autos para defesa. Não se esperava tais atitudes de um Ministro do STJ em plena democracia".

Já a defesa de Pastor Everaldo disse que o presidente do PSC "sempre esteve à disposição das autoridades e reitera a sua confiança na Justiça".

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