Eleição municipal

Após Daniel Coelho decidir apoiar Patrícia Domingos no Recife, oposição prega 'união no segundo turno'

Daniel retirou sua candidatura a prefeito do Recife e entre apoiar Mendonça Filho ou Patrícia Domingos, ele seguiu com a delegada. Confira como a oposição reagiu

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Publicado em 14/09/2020 às 12:25 | Atualizado em 22/09/2020 às 15:34
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Nomes como Mendonça Filho e Armando Monteiro repercutiram o apoio de Daniel a Patrícia - FOTO: BOBBY FABISAK/JC IMAGEM

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Eleições 2020 - JC

O ex-ministro da Educação e pré-candidato a prefeito do Recife Mendonça Filho (DEM) disse respeitar a decisão do deputado federal Daniel Coelho de declarar apoio à delegada Patrícia Domingos (Podemos). "Continuo trabalhando para mudar o Recife com um projeto que passa pelo cuidado com as pessoas e com a cidade. Por um Recife melhor. Estaremos juntos no segundo turno", afirmou Mendonça em nota enviada à imprensa nesta segunda-feira (14).

Daniel também estava cotado para disputar a cadeira de prefeito, mas após se ver isolado com aliados apoiando Mendonça, decidiu abrir mão da disputa e anunciou o apoio à delegada. "Patrícia é a novidade dessa eleição. Mulher combativa, corajosa, teve a coragem de combater a corrupção desses que acham que são os donos de Pernambuco e do Recife", afirmou o parlamentar sobre a policial.

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O ex-ministro Armando Monteiro Neto (PTB), que declarou apoio a Mendonça Filho, também pregou a união dos opositores do PSB no segundo turno e disse que o movimento de Daniel fortalece o grupo. Para Armando, se ele continuasse com a candidatura, fragmentaria, ainda mais, a oposição. "É um movimento absolutamente normal. Daniel tinha o direito, pela representatividade, pelo peso político, de sair candidato, se ele quisesse. Mas, na medida em que ele optou não ser, ele não agrava a fragmentação, pelo contrário, ele faz um movimento dentro das candidaturas pré-existentes. Claro que todos queriam ter o apoio de Daniel, ele é um grande eleitor no Recife, mas isso fortalece as oposições. E como estaremos, assim espero, no segundo turno, o que não deu para juntar no primeiro, vamos juntar no segundo", afirmou Armando ao JC.

Oposição

Até hoje, o grupo de oposição ao qual o Cidadania está vinculado no Recife possuía seis pré-candidaturas à Prefeitura, incluindo a de Daniel. Mas, havia um impasse em torno do nome que a maioria dos partidos apoiaria, já que tanto Daniel quanto Mendonça Filho haviam se colocado à disposição. No dia 31 de agosto, porém, o PL - partido presidido em Pernambuco pelo prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira - anunciou que apoiaria Mendonça e o PSC - comandado pelo deputado federal André Ferreira - marcou a data da convenção que deve oficializar o nome do deputado estadual Alberto Feitosa no pleito, deixando Daniel isolado. De lá para cá, ficou a dúvida se Daniel manteria-se na disputa ou se apoiaria um outro candidato.

"Deixar que essas candidaturas pulverizadas construam um segundo turno de Marília (Arraes, PT) e João (Campos, PSB) não vai ter a minha digital. Não tenho dúvidas de que esse movimento que estou tomando hoje será seguido por muitos recifenses que querem libertar essa cidade e dar um basta a esse tempo do PT e do PSB", Afirmou Daniel.

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