O presidente estadual do PSC, deputado federal André Ferreira, não descarta retirar a candidatura de seu partido no Recife para apoiar nomes como Daniel Coelho (Cidadania), Mendonça Filho (DEM) ou Patrícia Domingos (Podemos). Hoje, o PSC tem como pré-candidato o deputado estadual Alberto Feitosa, que não quer sair do páreo para apoiar outros postulantes.
Para André, uma oposição fragmentada só ajuda a permanência do PSB na Prefeitura do Recife. Os socialistas tentam emplacar o deputado João Campos como sucessor do prefeito Geraldo Julio. "O projeto partidário não pode ser maior que o projeto da oposição, digo isso desde o início. Mas, se todo mundo quer ter o seu projeto, cabe a outros partidos quererem ter suas candidaturas. Temos três nomes que podem ser candidatos, Mendonça, Daniel e Feitosa. E acho que ainda podemos conversar com Patrícia. Sabemos que cada um tem suas preferências, suas pesquisas, seus sentimentos, mas trabalho por essa unidade. Cada candidato tem seus pontos fortes, então precisamos achar um critério", afirmou.
O problema da oposição é que temos bons candidatos em vários partidos e um tira voto do outro. Assim, podemos ficar fora do segundo turno com dez ou doze porcento. Isso não é bom para ninguém. É o que o governo quer, que a oposição se divida, isso é bom para João Campos e Marília Arraes. Devemos ser inteligentes e buscar entendimento, o projeto individual não é maior que o coletivo.André Ferreira, presidente estadual do PSC.
Aliado de André Ferreira, o deputado Alberto Feitosa espera ser candidato a prefeito pelo Partido Social Cristão. Ao JC, nesta terça-feira (25), ele disse que não pretende abrir mão da postulação. "Quando eu digo que estou aberto ao diálogo, não é no sentido de abrir mão, é de receber apoio. O PSC já tem o apoio de mais dois partidos, PL e Patriota. André já disse, reiteradamente, que o PSC tem um candidato, que sou eu. Inclusive, a gente tem uma chapa completa com dois vereadores de mandato, coisa que os outros não tem", disse Alberto.
Antes de Alberto, o nome do próprio André foi cotado para a disputa. Mas, segundo ele mesmo, o melhor é não tumultuar o processo. "Temos um candidato (Alberto Feitosa), mas vamos dialogar. Quero muito mais juntar do que dividir. Vi especulação do meu nome, mas só seria candidato se fosse chamado como um nome de consenso. Fui vereador mais votado, deputado estadual mais votado, federal mais votado no Recife do nosso campo, tenho a estrutura partidária. Se quisesse, seria candidato, mas não é questão de projeto pessoal. Estou abrindo mão, mesmo sendo o mais votado da oposição no Recife, mesmo sendo o PSC um dos poucos partidos que já têm uma chapa montada de vereador, mas trabalho pela unidade do campo", afirmou.
Daniel Coelho também falou, nesta terça-feira sobre a situação da oposição e admitiu que pode retirar sua candidatura, mesmo achando competitiva, em nome de uma unidade. "Existem candidaturas lançadas e Feitosa é do PSC, que hoje, está num conjunto de partidos. Vamos dialogar por essa unidade. O Cidadania vai segurar a convenção, acreditamos que a nossa é competitiva, mas se houver consenso por outra, teremos o compromisso e faremos convergência", disse.
Já Mendonça Filho disse que vai continuar dialogando com Daniel para chegar a um denominador comum. "A gente continua conversando. Naturalmente, houve uma decisão unilateral da Patrícia Domingos de se colocar como pré-candidata, mas eu continuo com o diálogo aberto com Daniel. Não há nenhuma decisão tomada até então".
O JC tentou falar com a delegada Patrícia Domingos, mas não obteve retorno.
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O problema da oposição é que temos bons candidatos em vários partidos e um tira voto do outro. Assim, podemos ficar fora do segundo turno com dez ou doze porcento. Isso não é bom para ninguém. É o qu
André Ferreira, presidente estadual do PSC.
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