Em sabatina transmitida na TV Jornal nesta quinta-feira (15), o candidato à Prefeitura do Recife, Marco Aurélio Meu Amigo (PRTB), prometeu a criação de um voucher educacional para atender estudantes de comunidades em que a oferta de vagas em escolas públicas esteja deficitária. Durante a entrevista, o perretebista afirmou ainda que a medida não se trata de privatização da educação do Recife.
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“O voucher educacional apenas existirá apenas naqueles locais onde não há uma escola digna para o filho do recifense, porque há muitas espalhadas pela cidade que são um arrumadinho. Temos escolas que são um puxadinho”, declarou Marco Aurélio.
“Então, nesses lugares, enquanto nós não construirmos uma escola digna e apta para receber o estudante, daremos um voucher no valor de aproximadamente R$ 1 mil, que é quanto custa um aluno, para ser matriculado em uma escola privada”, emendou o candidato. “Não é privatizar a educação. É não tratar as crianças recifenses como eu não gostaria que meus filhos fossem tratados”, completou.
Questionado sobre o slogan “vamos endireitar o Recife”, adotado por sua campanha, Marco Aurélio defendeu a alternância de poder e disse que chegou o momento da direita mostrar seu trabalho à cidade. “Estamos há 20 anos com gestores que são de esquerda. Acertaram em algumas coisas, erraram em outras. Tem que ver o ciclo da democracia. Chegou o momento de a direita mostrar suas ideias e trabalho”, pontuou o candidato.
O perretebista afirmou também que, “se daqui a quatro anos a população entender que o ciclo da direita não funcionou, que volte para a esquerda. Faz parte da democracia. Sempre respeitando quem pensa diferente da gente.”
Habitação e saúde
Na TV Jornal, Marco Aurélio voltou a falar sobre sua proposta de criar um programa de entrega em domicílio de medicamentos. “Um motoboy pode levar os remédios na casa de quem precisa”, disse, que não poupou críticas à atual gestão da saúde no Recife. “Temos que fazer a coisa funcionar. Eu prefiro estar com um posto de saúde pequeno, mas que funcione, do que estar com munganga, mostrando uma obra muito grande no guia eleitoral, mas que infelizmente não tem efeito na vida de quem precisa”, frisou o candidato.
Reconhecendo o déficit habitacional da cidade como um desafio a ser enfrentado pelo futuro prefeito, Marco Aurélio afirmou que é preciso “fazer algo, só não dá para continuar vivendo com palafita”. “A solução mais simples [para acabar com o déficit] é pegar os prédios abandonados na cidade e destinar à moradia, entregar às pessoas que não têm onde morar”, argumentou o político, explicando que, para isso, vai indenizar os donos do imóveis abandonados e reformá-los.
Entrevistas
A ordem das entrevistas, que foi decidida em reunião virtual com a participação de representantes de todos os candidatos, será a seguinte:
12/10 - Alberto Feitosa (PSC)
13/10 - Victor Assis (PCO)
14/10 - Charbel Maroun (Novo)
15/10 - Marco Aurélio (PRTB)
16/10 - Mendonça Filho (DEM)
19/10 - Carlos Andrade Lima (PSL)
20/10 - João Campos (PSB)
21/10 - Thiago Santos (UP)
22/10 - Patrícia Domingos (Podemos)
23/10 - Marília Arraes (PT)
26/10 - Cláudia Ribeiro (PSTU)
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