A maior parte dos recifenses continua a manifestar descontentamento com o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A sexta rodada da pesquisa Ibope/JC/Rede Globo, divulgada nesta quarta-feira (18), mostra que o percentual do eleitorado que considera a gestão ruim ou péssima oscilou de 53% no levantamento anterior, do dia 14 de novembro, para 52%. Enquanto isso, os que avaliam a forma que ele conduz o País como ótima ou boa oscilaram de 25% para 23% e os que enxergam a administração como regular oscilaram de 21% para 24%.
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Para especialistas, os índices comprovam que o presidente não tem força como influenciador de votos em cidades como o Recife. Na capital pernambucana, além da Delegada Patrícia (Podemos), que recebeu o apoio oficial do presidente, outros quatro candidatos apresentaram discurso alinhado ao dele.
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"Os candidatos apoiados por Bolsonaro no primeiro turno, em sua maioria, tiveram um desempenho bem abaixo do esperado. O resultado da eleição na primeira parte do pleito retratou uma força da política tradicional de 'políticos profissionais'. Em Pernambuco, não foi diferente. Está havendo uma readequação do cenário político em alguns espaços de poder, e nesses locais o bolsonarismo não consegue ser protagonista. A crise econômica e as consequências da pandemia podem ser considerados alguns fatores para isso", avalia o cientista político Alex Ribeiro.
A cientista política Priscila Lapa aponta que, agora, parte do bolsonarismo pode até entrar como contraponto ao petismo, caso haja movimento estratégico do candidato João Campos (PSB) fazendo referência ao antipetismo.
"À medida que João Campos trouxer essa questão do antipetismo, pode ser que ative no eleitorado, inconscientemente, a candidatura como mais viável. Isso é uma possibilidade, mas precisa ser muito estratégica, porque explicitamente nenhum dos dois vai trazer essa alusão de forma específica", analisa.
O Ibope também fez a seguinte pergunta aos recifenses: "caso um candidato a Prefeito de Recife, independente de quem seja, tivesse o apoio do presidente, isto aumentaria, diminuiria ou não afetaria a sua vontade de votar neste candidato?" No recorte por sexo, as mulheres mostraram que se deixariam afetar mais. Para 48% delas, um eventual apoio diminuiria um pouco/diminuiria muito a vontade de votar no candidato, enquanto 11% disseram que aumentaria um pouco/aumentaria muito. Outras 38% responderam que não se afetariam. Entre os homens, 44% responderam que um eventual apoio de Bolsonaro a um candidato não afetaria sua vontade de votar. Outros 39% disseram que a vontade de votar diminuiria um pouco/diminuiria muito, enquanto 16% disseram que a vontade de votar no candidato apoiado aumentaria um pouco/aumentaria muito.
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