A candidata à Prefeitura do Recife, Marília Arraes (PT), voltou a criticar a gestão PSB e o candidato do partido, João Campos, em sabatina na Rádio Folha nesta sexta-feira (20). Pleiteando no segundo turno das eleições, a petista passou a receber apoios de partidos que faziam oposição ao PT no primeiro turno, como foi o caso do Podemos, partido da candidata Delegada Patrícia e de integrantes do PTB, partido que faz parte da coligação do candidato Mendonça Filho (DEM).
Quando questionada sobre o significado que esses apoios teriam caso fosse eleita, a candidata afirmou que os apoios eram só "apoios de segundo turno" e que essas alianças não iriam influenciar no plano de governo construido pela coligação da petista. Aproveitando disso, a candidata criticou o PSB por "retalhar" os partidos da Frente Ampla ao governo do Estado e na prefeitura.
"A gente recebeu apoios. Eu não negocio cargos, espaços, de maneira nenhuma agora. A gente vai governar Recife com as prioridades que a gente tem, com o programa de governo que a gente está apresentando. Nossos compromissos continuam os mesmos. Agora, esses apoios que eu recebi geraram um desespero muito grande do PSB", alegou.
"O segundo turno é outra lógica. O que eu recebi foram apoios de segundo turno. Não foi uma coligação, não foi retalhar todos os partidos como o PSB faz. Afinal, essa grande Frente do PSB, que vai do partido do filhos de Bolsonaro até o PCdoB, não é porque o candidato tem capacidade de dialogar. É porque retalharam a prefeitura e o governo do estado para compor esse espaço", criticou.
A candidata concluiu a resposta dizendo que "quem não concorda com mudança, vai votar em João Campos e quem quer que o Recife mude, quem quer tirar o PSB da gestão, vai votar 13".
Lula
Após rumores de que o ex-presidente Lula viria para o Recife para engajar a campanha de segundo turno de Marília, a candidata afirmou na sabatina que, devido a idade do presidente e as restrições sanitárias na campanha, é provável que o líder petista não viaje. "O presidente Lula confia no nosso projeto, mas ele é idoso e ainda existe essas restrições de atividade então não é provavél que ele venha para Recife", contou.
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Marília também aproveitou o gancho para dizer que não se "escorava em A, B e C" para ganhar as eleições.
"Durante toda a minha história eu mostrei que minha inspiro em histórias de luta popular, de Arraes, de Lula, mas eu sou Marília. Meu nome é Marília, tenho minha trajetória, meus posicionamentos e a condução e liderança de todo esse processo é minha", pontuou.
Apoios
Nessa semana, a candidata Marília Arraes (PT) recebeu apoio do Podemos, partido da candidata Delegada Patrícia, que ficou em quarto lugar na eleição majoritária. Além disso, o ex-senador Armando Monteiro (PTB) e o deputado estadual Álvaro Porto, que fazem parte da coligação que apoiava o candidato Mendonça Filho, também declararam apoio a candidata no segundo turno.
O prefeito reeleito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), também declarou apoio à candidatura de Marília, após reunião com a postulante. Anderson é presidente do PL-PE, que também integrava na coligação do candidato Mendonça Filho.
Já no campo socialista, o candidato João Campos (PSB) mantém os partidos adquiridos ainda no primeiro turno. O candidato conta com 11 partidos em seu palanque: MDB. PSD, PP, Republicanos, PV, Rede, Avante, Solidariedade, PCdoB, PROS e PDT.
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