"Vocês é que decidem, em qualquer país do mundo, como aquele povo vai viver", diz Bolsonaro em almoço com militares

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) esteve em um almoço com integrantes das Forças Armadas, em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, nesta quinta-feira (27). Ao discursar, Bolsonaro afirmou que o Brasil estaria longe da normalidade, mas  que contava com apoio dos militares para que em breve, esse período retorne ao país.

"Vocês é que decidem, em qualquer país do mundo, como aquele povo vai viver. Ninguém está aqui para fazer discurso político, mas somos seres políticos. Se Deus deu essa missão para nós, vamos aproveitá-la no bom sentido", afirmou o presidente.

Na ocasião, Bolsonaro também afirmou que "ninguém pode acusar o atual presidente da República de ser uma pessoa que não seja democrática. "Tenho conversado muito com Braga Netto, nosso ministro da Defesa. Mais do que obrigação e dever, tenho certeza de que vocês agirão dentro das quatro linhas da Constituição, se necessário for. Ninguém pode acusar o atual presidente da República de ser uma pessoa que não seja democrática; que não respeita as leis; e que não age a contento da Constituição. Se bem que outros jogam pedras [estando] de fora dela [da Constituição]", declarou.

Durante o almoço, transmitido por meio das redes sociais do presidente, ele também comentou sobre a economia do país, afirmando que o Produto Interno Buto (PIB), que é a soma das riquezas produzidas no país, deve crescer de mais de 4% nesse ano. "Acredito no país. Acredito sim que podemos fazer diferença, como já estamos fazendo. A previsão neste ano é crescermos mais de 4%. Ninguém poderia esperar isso da gente", destacou. 

Bolsonaro reiterou que as riquezas que existem na Amazônia despertam a cobiça de muitos. "Interesses, há muitos, todos sabem, sobre essa região. O inimigo tem paciência, tem estratégia e tem objetivo. E ele só será vitorioso se nós esmorecermos", comentou.

O presidente fez questão de ressaltar que o seu governo é composto por mais ministro militares do que os governos do período de 1964 a 1985, "quando tivemos cinco presidentes militares". "Na política, estamos polarizados, mas cada um pode fazer a seu juízo quem é o melhor e quem é o menos ruim. Mas eu duvido que, no fundo, quem porventura fizer uma análise do que aconteceu no Brasil nos últimos 20 anos, eu duvido que essa pessoa erre no ano que vem", acrescentou.