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Jean Wyllys critica Eduardo Leite por se declarar gay, mas ter apoiado Bolsonaro em 2018

Eduardo Leite rebateu e disse que repostas às críticas ''estão sendo dadas pelas pessoas nos comentários''

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JC

Publicado em 02/07/2021 às 14:14 | Atualizado em 02/07/2021 às 14:16
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Ex-deputado federal, Jean Wyllys (PT) foi às redes sociais criticar o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), após ele se declarar gay. No foco das críticas de Jean estava o fato de Leite ter apoiado a candidatura de Jair Bolsonaro (sem partido) nas eleições de 2018.

"Enquanto o gay recém-saído do armário não expressar por atos e novas palavras que se arrepende de ter apoiado alegre e explicitamente um homofóbico racista que se revelou genocida, sua saída do armário não será, para mim, fonte de alegria acrítica. Não adianta", escreveu Wyllys.

O governador assumiu a homossexualidade durante entrevista concedida ao jornalista Pedro Bial, em programa na Rede Globo, que foi ao ar também nesta madrugada. Willys disse que só quem não conhece a luta da comunidade LGBTQIA+  sai “louvando” o ato do governador, que segundo o ex-deputado, é apenas “bacana” e nada mais.

“E o que mais me espanta é a maneira como jornalistas da chamada mídia alternativa entram nessa festa pobre sem nenhuma crítica e ainda querendo sugerir (quase impor) a nós LGBTQ assumidos (e na luta desde sempre!) que louvemos esse jogo da mesma forma ingênua, pra não dizer burra.”

Leite é um pré-candidato à Presidência da República nas eleições de 2022. O PSDB deverá realizar prévias em novembro para decidir se ele vai a disputa ou outro nome como João Doria. "Coragem grande teria o 'governador gay' se tivesse se assumido e se colocado ao lado de LGBTQ momento em que seu aliado Bolsonaro disseminava mentiras como 'kit gay' e 'mamadeira de piroca' que objetivam nos associar à pedofilia. Naquela momento o governador era cúmplice", continou Wyllys.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, Eduardo Leite disse que repostas às críticas de Wyllys "estão sendo dadas pelas pessoas nos comentários". "Prefiro registrar e agradecer a quem soube separar as diferenças políticas e enviou mensagens de afeto como Manuela D’Avila, Maria do Rosário e Fernanda Melchiona", afirmou.

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