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Bolsonaro passará por bateria de exames nesta quinta, após ser internado em hospital de São Paulo

Testes clínicos e de imagem serão usados para monitorar quadro do presidente, diagnosticado com obstrução intestinal

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Marcelo Aprígio

Publicado em 15/07/2021 às 6:57 | Atualizado em 15/07/2021 às 7:55
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) passará por uma nova bateria de exames médicos nesta quinta-feira (15), segundo a assessoria de imprensa do Hospital Vila Nova Star, onde ele está internado desde a noite dessa quarta-feira (14). Com quadro considerado estável pelos médicos e outros profissionais de saúde que o prestam assistência, o presidente teve cirurgia descartada neste momento e deve prosseguir com tratamento clínico conservador, que envolve remédios e hidratação.

Bolsonaro deu entrada no hospital da Zona Sul de São Paulo por volta das 19h30, transferido do Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília. Ao chegar na unidade de saúde paulistana, o mandatário estava acompanhado do filho, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), e do cirurgião Antonio Luiz de Macedo, que o operou em 2018, após a facada recebida durante a campanha presidencial.

"O Senhor Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, foi transferido na noite desta quarta-feira para o Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, após passar por uma avaliação no Hospital das Forças Armadas, em Brasília, e ser diagnosticado com um quadro de suboclusão intestinal. Após avaliações clínica, laboratoriais e de imagem realizadas, o Presidente permanecerá internado inicialmente em tratamento clínico conservador", diz o boletim médico.

Ainda de acordo com a assessoria do Vila Nova Star, o cirurgião também acompanhará o presidente nesta quinta, durante a bateria de exames. Isso porque, além de ser próximo da família Bolsonaro, foi ele quem constatou a obstrução intestinal na quarta, quando Bolsonaro foi internado no HFA, após mais de dez dias se queixando de soluços persistentes.

O que é obstrução intestinal?

O problema ocorre quando as fezes do paciente não conseguem passar pelo intestino em decorrência de uma interferência em seu trajeto, como pela presença de bridas intestinais, tumores ou uma infamação.

É comum que, nesses casos, o paciente tenha sintomas como dificuldade para evacuar ou eliminar gases, inchaço na barriga, náuseas e vômitos, diminuição do apetite e dor abdominal. A intensidade deles varia de acordo com a causa e gravidade da doença que está provocando o quadro.

A obstrução pode provocar risco de graves complicações ao paciente, como perfuração intestinal, infecção generalizada e morte do tecido intestinal. Isso ocorre porque como o quadro clínico impede a passagem de alimentos digeridos pelo intestino, as fezes e os gazes e as secreções digestivas se acumulam e aumentam a pressão dentro do intestino.

Como no caso de Bolsonaro, o diagnóstico é feito por médicos, por meio de, pelo menos, um exame como radiografia ou tomografia computadorizada. É comum que os profissionais comecem a avaliação através da palpação da barriga com as mãos, além de ainda utilizar o estetoscópio para escutar se existem barulhos na barriga que indiquem se o intestino está funcionando de forma correta.

O tratamento da obstrução varia de acordo com a localização e gravidade dos sintomas causados pelo quadro de saúde. É necessário que os casos sejam tratados sempre em uma unidade de saúde, ao invés de em casa.

Quando ocorre uma obstrução parcial, com sintomas mais leves, é comum que o tratamento seja feito apenas com administração de líquidos na veia. Além disso, o paciente também faz um repouso intestinal, que envolve jejum e muitas vezes é colocada uma sonda no nariz que vai até o estômago.

Já quando o caso é mais grave, como na obstrução completa, além dos cuidados já informados é preciso que o paciente realize uma cirurgia para tratar a causa e desobstruir o intestino.

 

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