''Nosso Brasil tá lascado por conta disso'', diz Gil do Vigor sobre fake news
O economista e ex-BBB publicou um vídeo nas suas redes sociais no qual explica o que são, como nascem e porque as fake news são tão nocivas para a democracia
O pernambucano Gil do Vigor, que têm divulgado no seu perfil do Instagram uma série de vídeos informativos intitulada "O Brasil tá lascado", lançou no último domingo (18) o episódio três da sua produção, desta vez sobre fake news. "O vídeo mais esperado por vocês chegou, minha gente! Vcs pediram, e eu vim falar sobre FAKE NEWS", anuncia o economista e ex-BBB na legenda da publicação.
Logo no início do vídeo, Gilberto explica à sua audiência a relação existente entre a economia política e a informação, esmiuçando para os seus seguidores o motivo pelo qual o acesso ao que os nossos políticos andam fazendo é tão importante para a democracia. "A cada dois anos a gente está fazendo escolhas políticas de representantes que vão ter o papel de ajudar a nossa população, o pobre, a acabar com a desigualdade, fome, melhorar o desemprego, saúde, educação, cultura, eles têm diversos papéis. A grande questão é a seguinte: como saber se quem a gente está escolhendo está cumprindo o que deve fazer ou não? É aí que entra o papel da mídia, da internet e das informações. Para que a gente não seja enganado", observou.
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Gil comentou, ainda, que quando os meios de comunicação começaram a se popularizar, os governantes passaram a temer a exposição dos seus erros ou omissões, o que porventura poderia causar até mesmo o fim de um sonho de reeleição. Com a chegada da internet, esse temor por parte dos agentes públicos só aumentou, mas parte deles logo encontrou uma espécie de saída para esse problema: as fake news.
"Veio uma galera muito inteligente e falou 'peraí, eu não posso contar com a sorte. Porque eu quero desandar, então qual a forma que a gente tem de descredibilizar essa informação? Gerando informações falsas para conseguir manipular a informação pública que agora está sendo buscada através das redes sociais, da mídia, dos veículos de comunicação, por pessoas que querem verificar se os políticos estão fazendo aquilo que deve ser feito ou não'. E aí começou a acontecer o que a gente não queria: informações serem distribuídas para as pessoas de maneira errada", detalhou Gilberto.
Veja o vídeo completo:
O economista chama atenção, ainda, para um fenômeno que ganhou força após o surto de desinformação que atingiu a sociedade nos últimos anos, o fato de que uma campanha eleitoral deixou de ser um espaço de debate de ideias, e se tornou um local para troca de acusações. "As pessoas, nos debates, não falam mais sobre o que querem fazer, é 'o que tu fez de errado'. Se tornou uma briga por encontrar os erros dos outros, quem encontra mais podres do outro", pontuou.
Mais adiante, Gil do Vigor fala sobre o compartilhamento de informações sem comprovação de veracidade através de aplicativos de trocas de mensagens como o Whatsapp, sobre as consequências que isso pode gerar e sugere aos seus seguidores que sempre chequem se as mensagens que recebem são verdadeiras. "Quando a informação é falsa, eu estou punindo quem não merece e muitas vezes eu estou dando voz ou fechando os meus olhos para aquilo que a gente precisa enxergar. E eu comparo muito isso com a nossa última eleição, quando várias informações falsas foram espalhadas, todo mundo começou a ter todo o conhecimento da verdade, do domínio do poder, as fontes oficiais foram desprezadas e nós estamos no cenário que a gente vive e o nosso Brasil tá lascado por conta disso", lamentou, sem mencionar diretamente o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Outras artimanhas
O ex-BBB também chamou a atenção para outra estratégia bastante comum entre políticos que fazem uso de fake news para se promover. De acordo com o Gilberto, muitos deles são os responsáveis por divulgar notícias negativas contra si próprios, apenas para descredibilizar os veículos de informação logo em seguida.
"Depois que ele comprovam que a informação que eles mesmos criaram era falsa, começam a dizer 'estão querendo me acabar', 'a mídia me odeia', 'a mídia quer me lascar', 'a mídia não presta porque quer me destruir'. Aí quando vem a informação verdadeira, pelas fontes corretas, essa pessoa diz assim para vocês 'gente, acredita não. Você viu que falaram mal de mim e não era verdade? Então olha, é tudo mentira'", detalhou o economista.